Professora de Arquitetura aposta em material sustentável para ampliar conforto térmico e reduzir o consumo de energia
FAG apoia projeto de mestrado em Engenharia de Energia na Agricultura da docente Gabriela Bandeira Jorge. Intenção é usar Steel Frame somado aos jardins verticais no lugar da alvenaria comum
A professora Gabriela Bandeira Jorge, que ministra as disciplinas de Estudo da Forma; Paisagismo; e Projeto de Interiores, no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FAG, está cursando o mestrado em Engenharia de Energia na Agricultura na Unioeste. Para a concretização do projeto de pesquisa Gabriela conta com o apoio de diversas empresas, dentre elas a FAG, que cedeu a área, localizada nos fundos das Clínicas e a Asgel, que colaborou com a confecção de duas paredes, já a GessoInove fez as outras duas. O projeto é sobre a utilização de energia vegetal vertical. O local da construção é estratégico, pois precisaria ser um ambiente altamente ensolarado.
São quatro blocos, dois construídos de steel frame (um com cobertura vegetal e o outro não) e dois construídos com bloco cerâmico (um com cobertura vegetal e o outro não). "Em cada módulo vai um aparelho que mede a temperatura e umidade do ar interna, posteriormente também haverá um medidor para temperatura e umidade do ar externo", explica a professora. O monitoramento do local se dará ao longo de um ano e consistirá na comparação entre os materiais e entre a utilização e não utilização do jardim vertical.
O projeto prático começou em dezembro de 2020 e segue até o fim de 2021, o tempo de 365 dias é necessário para a coleta de dados em todas as quatro estações. A redução de energia elétrica e do uso de aparelhos de ar-condicionado, bem como a criação de uma nova estética arquitetônica, que valoriza o paisagismo e a qualidade de vida são focos da pesquisa. "A estratégia é a obtenção de conforto térmico e minimização do consumo energético, através de um estudo comparativo com dois tipos de edificacação", diz.
A coordenadora do curso de Arquitetura, professora Solange Smolarek, está orgulhosa. "O projeto de pesquisa da professora Gabriela nos enaltece e valoriza o papel do arquiteto. Estamos com muito orgulho e com certeza a sociedade e o segmento vão ganhar muito com esse projeto".
O que é Steel Frame?
Gabriela explica que o Steel Frame é um material formado por estruturas com aço galvanizado e pode ser fechado com placas de madeira, cimentícias ou até painéis de alumínio composto. "É um material mais leve com estrutura metálica e é revestido com placas de cimento e lâmina de vidro. A intenção de usar esse tipo de insumo é a melhora do conforto térmico. É um material bem mais limpo e sustentável. Além disso, é uma obra mais rápida", explica Gabriela.
O que é bloco cerâmico?
O bloco cerâmico é a alvenaria convencional, com tijolos de barro e reboco tradicional. "Infelizmente uma construção desse tipo gera muito entulho, bem como prejudica o meio ambiente. Por depender da cura do cimento, é uma obra muito mais demorada", diz a professora.
Jardim Vertical
Além de comparar duas formas de construção, a pesquisa contempla a instalação de jardins verticais para analisar a interferência das plantas no conforto térmico. Duas espécies foram escolhidas: Lambari Roxo e Aspargo Pluma. "São plantas que se desenvolvem de forma rápida e que aguentam ficar expostas ao Sol. Precisávamos de espécies que ficassem vivas e que suportassem o pico de energia solar. Além de que, esteticamente, valoriza a arquitetura dos espaços", explica Gabriela. A empresa Lótus paisagismo colaborou com essa etapa do projeto.
Custo x compensação
O Steel Frame em conjunto com as plantas possuem um preço mais elevado em comparação aos os materiais convencionais da construção civil. "Esse montante pode ser compensado a longo prazo com a economia de energia proporcionada pela redução do uso de aparelhos ar-condicionados, mesmo processo que ocorre com os painéis solares. Se tudo for comprovado como estamos prevendo, será uma prova dos benefícios desse material somado aos jardins verticais", afirma a futura mestre, Gabriela Jorge.
Resultados
Como a pesquisa foi atrasada em razão da pandemia de Covid-19, o projeto prático para análise começou em dezembro. Resultados preliminares serão apresentados em julho, já o trabalho final em 2022. "Eu só tenho a agradecer as empresas que estão apoiando e a minha orientadora, a professora Maritane Prior, que é engenheira agrícola. Espero que os resultados obtidos comprovem o que prevemos. Precisamos de matérias sustentáveis e também reduzir o consumo de energia, tendo sempre como foco o meio ambiente que precisa da nossa ajuda".
2024 Cascavel
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