Clínicas FAG: Fisioterapia promove reabilitação para pacientes Pós-Covid
Acadêmicos do 6º e do 8º período realizaram uma série de exercícios personalizados para melhorar a qualidade de vida do paciente. Projeto é vinculado ao SUS (Sistema Único de Saúde)
As Clínicas FAG, que já são conhecidas pela excelência no atendimento ao paciente, sendo uma unidade de referência para diversos segmentos dentro do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado, agora atuam na reabilitação Pós-Covid. A ação promovida por meio da disciplina de Fisioterapia Cardiorrespiratória, ministrada pelo professor César Luchesa, conta com o apoio dos acadêmicos do 6º e do 8º período do curso de Fisioterapia.
O docente explica que a Covid-19 é uma doença multissistêmica, com isso os pacientes acabam apresentando dificuldades respiratórias, cardíacas e de força muscular. "São pessoas que estão tendo uma necessidade muito grande de passar pelo processo de reabilitação. Além de contribuir com a qualidade de vida do paciente, são momentos que para o aluno se tornam muito interessantes, seja pelo aprendizado científico e técnico, seja pelo aprimoramento das técnicas vistas em sala de aula", diz Luchesa.
O projeto foi desenhado a partir da análise do número de pessoas acometidas pela doença, só no Paraná os dados mostram quase 1,5 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia. "Com isso temos uma demanda muito grande. São pacientes que ficaram por muito tempo em UTI [Unidade de Terapia Intensiva], com ventilação mecânica, com perda de músculo e tecido ósseo", comenta.
"Temos pacientes que apresentam déficits neurológicos, alterações cardíacas, trombose e fraqueza muscular. São pessoas que levam um bom tempo para recuperar a capacidade cardiorrespiratória, com isso focamos na recuperação como um todo", explica o professor. São cerca de 10 pacientes acompanhados pelas Clínicas FAG. Os exercícios propostos são voltados para ganho de massa, melhora do condicionamento cardiorrespiratório e da condição proprioceptiva dos pacientes.
Atendimento gratuito
Os atendimentos gratuitos via SUS ocorrem por meio de encaminhamentos feitos pelas UBS's (Unidades Básicas de Saúde), USF's (Unidades de Saúde da Família) e pelas demais unidades públicas de saúde. Depois é realizada uma triagem e as pessoas são direcionadas para a FAG conforme a demanda e as necessidades. "O cenário atual pede a intervenção da Fisioterapia, até por que é uma área da saúde que está em destaque neste momento de pandemia, em razão do importante papel que o fisioterapeuta desempenha na internação e no pós-internamento", afirma a coordenadora geral das Clínicas FAG e coordenadora do curso de Fisioterapia, professora Leda Paes Walker.
"O que eu mais quero agora é voltar a ter a minha vida como ela era"
Um dos casos atendidos na FAG é o do serralheiro Fábio do Amaral Guimarães, de 31 anos. Ele ficou 15 dias em UTI fazendo uso de oxigênio por meio de ventilação mecânica. A Covid chegou na vida dele em maio de 2020, na época a superlotação dos hospitais de Cascavel fez Fábio ser transferido para o Hospital Moacir Micheletto de Assis Chateaubriand. "Ao todo foram mais de 30 dias entre internamento e recuperação em casa, mas mesmo assim não voltei 100%. Tenho muito cansaço, fadiga e dificuldade para respirar", conta.
Fábio, antes de pegar o Coronavírus, tinha uma vida muito ativa no trabalho, na academia, e participava de esportes, como futebol. Depois de pegar a Covid o paciente acabou adquirindo problemas respiratórios e fraqueza muscular. Fábio também tem bronquite asmática, o que agrava o caso. Ele começou a reabilitação no dia 13 de agosto e vai seguir até o fim do ano, vindo semanalmente às Clínicas FAG para receber o atendimento, que varia de 40 a 50 minutos. "Estou bem confiante, o que eu mais quero agora é voltar a ter a minha vida como ela era", espera o paciente.
Na última terça-feira (14) o serralheiro fez exercícios com bicicleta ergonômica para membros superiores, esteira, alongamentos, agachamento com bola suíça, fortalecimento e atividades para controle da respiração. "Com esses exercícios queremos que ele volte a ter o controle respiratório e adquira a força muscular que acabou perdendo, trabalhando equilíbrio dinâmico e estático", conta Julia Maiara Kelm Costa, acadêmica do 6º período de Fisioterapia, que atende o Fábio. "Sempre preparamos os pacientes para os exercícios que são de mais esforço e com maior gasto de energia. Essa preparação é promovida por meio de um relaxamento com alongamentos e aquecimento aeróbico com a esteira para não acontecer lesões", completa a estudante.
2024 Cascavel
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