Castramóvel: Ação da FAG e prefeitura atende 60 animais
A castração previne doenças, além de colaborar com o bem-estar dos animais e com a saúde pública
O Centro Universitário FAG, em conjunto com Prefeitura Municipal de Cascavel realizaram hoje (14) mais uma ação do Castramóvel. O objetivo é o controle de animais abandonados nas ruas da cidade. Serão 60 cirurgias realizadas, ao longo do dia, na estrutura montada na quadra de esportes do CEU-CRAS (Centro de Artes e Esportes Unificado/ Centro de Referência de Assistência Social). O atendimento é destinado a cães e gatos resgatados das ruas, que têm como tutores pessoas sem condições para pagar o procedimento, e que estão previamente cadastrados no Cadastro Único.
A castração, além do controle populacional, também previne diversas doenças, aumenta longevidade e diminui agressividade e territorialismo. O professor do Centro FAG e gerente de vida silvestre da Secretaria de Meio Ambiente de Cascavel, Rodrigo Neca Ribeiro, explica que todo esse procedimento é importante até quando pensamos em saúde pública, já que os animais possuem doenças infecciosas capazes de serem transmitidas para outros animais e para seres humanos. "O animal que não é castrado tem acesso à rua e pode ser contaminado por zoonoses. Essas doenças também podem ser transmitidas a humanos".
Para a castração é ideal que o animal tenha entre 6 e 12 meses, e que tenha o protocolo vacinal completo, já que a queda de imunidade causado pelo estresse da cirurgia pode acarretar em infecções. Ao castrar o animal pode-se reduzir a chance de desenvolverem tumores de mama, útero e próstata, hiperplasias e piometra (infecções uterinas).
Quando os animais não são castrados se tornam mais estressados e costumam sair mais às ruas, correndo riscos. O morador do Parque dos Ipês, Reginaldo de Souza, recentemente perdeu um gato que foi envenenado na rua, por isso decidiu castrar o novo felino. "Ficamos muito tristes quando nosso outro gatinho foi envenenado, então decidimos castrar esse pra ele ficar mais quietinho em casa".
A ação beneficia também o conhecimento dos acadêmicos de Medicina Veterinária. Os alunos, amparados por profissionais do Hospital Veterinário e da prefeitura, adquirem experiências nessas atividades. O curso também fornece o aparato instrumental cirúrgico. O acadêmico do 7º período, Jean Carlos Tamanho, conta que é uma grande experiência ter a oportunidade de se preparar para o mercado de trabalho. "Acabamos passando por essas disciplinas (Clínica Médica, Semiologia, Técnica Cirúrgica e Anestesiologia) que envolvem a castração, e esta é a chance de pôr em prática o conhecimento. Com a supervisão dos professores nos sentimos seguros em fazer o melhor pelo animal e pelo seu tutor".
Reportagem: Amanda Alves, 8º período de Jornalismo.
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