Egresso da FAG é engenheiro de multinacional na Austrália
André Rotter Schmidt é formado em Engenharia de Controle e Automação
Brisbane, Austrália, é a cidade onde o egresso do curso de Engenharia de Controle e Automação do Centro Universitário FAG, André Rotter Schmidt, atua como engenheiro de design na fábrica da Volvo Austrália. A caminhada até este cargo foi longa e repleta de desafios. O início foi em 2007.
O profissional iniciou a carreira ainda na graduação como estagiário de engenharia de desenvolvimento da Mascarello, em Cascavel, só nesta empresa foram oito anos. "Após sair da encarroçadora de ônibus, mudei para Florianópolis, em Santa Catarina, trabalhei com consultoria de eficiência industrial e fiz projetos em 3D para pequenas indústrias por um ano". André se formou na FAG em 2012.
A nova vida na Austrália começa em Sydney, local que o engenheiro escolheu para continuar os estudos, tendo como foco gerenciamento de projetos. "Me mudei após receber referências sobre o local, vendi tudo que tinha para custear a viagem e parti para o país. Nos primeiros três meses, fiz trabalhos casuais, atuei como pedreiro e entregador de pizza, para fortalecer o inglês e custear os estudos", conta.
No terceiro mês André conseguiu trabalho em uma startup, ele iniciou na empresa sendo técnico, instalando rastreadores em veículos. "Após seis meses fui efetivado como engenheiro, gerenciando a equipe técnica da Austrália. Segui carreira de quatro anos nesta empresa, a qual cresceu tanto que foi comprada pela Uber".
O início do grande sonho, a Volvo
A nova etapa no país, que incluiu trabalhar com caminhões para o Exército Australiano, marcou o retorno para a área de projetos automotivos, onde André conquistou um posto em uma fabricante de veículos de transporte de líquidos e gases (caminhões tanque) na cidade de Gold Coast. "Depois de todo esse caminho, em 2021, consegui me recolocar como engenheiro de design (design engineer) na fábrica da Volvo Austrália, onde sigo até hoje".
"Sempre sonhei em trabalhar na Volvo desde a época da Mascarello, onde tinha contato com os chassis da fabricante, que eram usados nos ônibus. Eu já havia feito entrevista para a Volvo do Brasil há muitos anos, como conhecia o processo, apliquei para a vaga na Austrália e passei. A entrada também foi possível devido aos 12 anos de experiência na indústria e a qualificação necessária", detalha. Além da Volvo, André está ligado à Mack, companhia do mesmo grupo.
Design Engineer
Na Volvo, André é responsável por projetar todas as modificações dos caminhões da fabricante, por exemplo, adaptações necessárias para rodar em condições extremas como o Deserto do Outback, mudanças de suspensão, distribuição de peso, baterias, tanques de combustível, dentre tantos outros detalhes técnicos.
André destaca as diferenças entre as operações brasileiras e australianas da multinacional, a principal delas é que no Brasil a empresa segue uma linha de montagem com produtos padrão. "Na Austrália o mercado é bem diferente, todos os produtos são customizados, é raro ver caminhões a pronta-entrega em concessionárias. O cliente faz o pedido baseado na rota que o veículo vai rodar e em que ramo vai atuar. Virtualmente tudo no caminhão pode ser customizado, incluindo suspensão, número de eixos, baterias, capacidade de combustível, escapamento duplo ou simples, por exemplo".
O engenheiro explica que isso ocorre devido às grandes diferenças entre as estradas, regiões e locais por onde os caminhões trafegam. "O veículo que roda em rodovia é totalmente diferente do que transita dentro de uma mineradora. Caminhões para o Deserto do Outback são para condições extremas e puxam até quatro vagões, os chamados 'road train', nesses eu modifico toda a estrutura. Esses são apenas alguns exemplos de como os produtos são diversificados".
Outback, que André se refere ao longo da reportagem, é o termo usado para designar o interior desértico da Austrália. A região cobre aproximadamente dois terços do território do país, sua parte central é chamada de Red Centre. A extensão aproximada a 1.550.000 km² é composta por diversas sub-regiões, como o Deserto de Simpson, Grande Deserto de Gibson, Deserto de Tirani-Sturt, Grande Sandy-Tanami e Deserto Vitória.
Pico profissional
Para André, esse é o seu melhor momento. "Acredito ter atingido o pico da minha carreira profissional, me sinto realizado e vejo que estou a caminho de atingir minha meta, que é contribuir de maneira substancial para a evolução da indústria de transportes", comemora.
O egresso da FAG afirma que a graduação desempenhou grande papel na sua trajetória. "A formação na Instituição foi a chave que abriu a maioria das portas durante a minha caminhada, sem ensino superior eu não teria conseguido chegar onde estou, tampouco obter com facilidade um visto de trabalho na Austrália após finalizar meus estudos", diz.
"Hoje eu projeto diariamente veículos pesados, todos os aprendizados sobre mecânica, elétrica e eletrônica oriundos da FAG foram fundamentais para exercer a minha profissão, existem muitos sistemas/componentes eletro-mecânicos no caminhão", enfatiza o design engineer.
2024 Cascavel
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2024 Toledo
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