Professor da FAG projeta sistema da Sanepar que interliga abastecimento de Cascavel e Santa Tereza do Oeste
Nelson Muller Junior, do curso de Engenharia Civil, explica sobre o Método Não Destrutivo utilizado na obra com quase 16 km
A Sanepar passou a fazer o reforço do abastecimento de água tratada, oriunda de Cascavel para o município de Santa Tereza do Oeste. O sistema de interligação percorre um trajeto de 15,6 quilômetros, às margens da Rodovia BR 277. A adutora com 225 milímetros de diâmetro leva 900 mil litros de água por dia, para atender 50% da população do município vizinho.
O engenheiro civil especialista com MBA em Saneamento, Nelson Muller Junior, foi o profissional que projetou e fiscalizou a obra. Nelson é professor do colegiado desde a primeira turma de Engenharia Civil, e leciona as disciplinas de Hidrologia e Saneamento Ambiental.
"Usamos, em 90% do percurso da obra, a técnica MND (Método Não Destrutivo). Diferente do método tradicional em que é necessário abrir vala, passar a tubulação e assentar a terra, esse método utiliza o Navigator, um equipamento sofisticado que faz a cravação por baixo da terra. A cada 200 metros a tubulação vai sendo assentada, sem causar transtornos com escavação, poeira e buracos, além de agilizar o processo e trazer mais segurança, pois o trajeto da obra passa por estabelecimentos comerciais e até residências".
Durante o processo de execução da obra, a experiência foi tratada em sala de aula com os acadêmicos. "Apesar de ser uma técnica bem difundida, na região é a primeira vez que utilizamos essa técnica interligando dois municípios, com uma longa extensão, quase 16 quilômetros ao todo. Na obra de captação do Rio São José foram 14 km. Em grandes centros já é proibido fazer a abertura de vala, por isso é importante que os futuros profissionais tenham conhecimento sobre esta técnica não destrutiva".
"Durante a graduação, nossos acadêmicos vivenciam diversos momentos como este, pois tanto os docentes quanto os egressos compartilham suas experiências no mercado de trabalho, onde estão inseridos em grandes obras que respaldam na economia e no bem-estar da comunidade", acrescenta a coordenadora de Engenharia Civil, Débora Felten.
Mais sobre o sistema de interligação
Bombeada por uma estação elevatória, a água sai do Centro de Reservação do Jardim Esmeralda, em Cascavel, até os reservatórios da cidade vizinha para garantir o abastecimento pelos próximos 25 anos.
Um estudo hidrológico feito pela Sanepar apontou dificuldades no lençol freático e nos mananciais superficiais no município. As diversas tentativas de perfuração de novos poços artesianos foram frustradas, pois os poços se mostraram improdutivos. A captação do Rio Gonçalves Dias foi desativada, e dois poços continuam em operação, assegurando 50% do abastecimento. A interligação foi a alternativa mais viável encontrada pela Companhia diante da dificuldade de encontrar mananciais disponíveis para o abastecimento público.
Em 2021, a Sanepar começou a captar água do Rio São José e com isso Cascavel aumentou sua capacidade de produção de 25%, fator este que foi decisivo para compartilhar a água com o município vizinho.
Com informações da assessoria de imprensa da Sanepar
Vista aérea de Santa Tereza do Oeste - crédito: Ari Sartorelli
2024 Cascavel
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2024 Toledo
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