Profissionais se reúnem no Centro FAG para discutir gestão em saúde
Simpósio trouxe a Cascavel executivos renomados da administração do sistema de saúde
O 3º Simpósio Nacional de Gestão Pública e Privada reuniu em Cascavel grandes nomes de executivos da saúde nacional e internacional. Sediado no Centro Universitário FAG, o evento integrou em sua programação minicursos, mesas redondas e palestra, presenciais e online. Participaram dos minicursos, gestores do Hospital São Lucas, de clínicas e acadêmicos, professores e profissionais de áreas afins.
A encarregada pelo SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do Hospital São Lucas, Lindsay Menna, relata sobre a imersão no simpósio. "Como na minha área trabalho com protocolos de prevenção de infecção, pude entender de forma mais abrangente que a melhoria dos processos e os protocolos que implantamos impactam diretamente no significado de ?valor em saúde?, que não deixa de considerar os custos e prevenção de desperdícios, mas está diretamente relacionado com a experiência que o paciente vivencia dentro da instituição, com as suas expectativas atendidas", destaca.
O secretário municipal de saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, prestigiou o evento e compôs a mesa redonda sobre "Gestão Estratégica: Visão do Público e Privado", compartilhando sobre sua experiência. "É de extrema importância recebermos o simpósio na nossa cidade, pois trará grandes ganhos para a nossa população. São especialistas de altíssimo gabarito que estão expondo suas mais exitosas experiências".
Dr. Ildemar Marino Canto, diretor técnico administrativo do Hospital São Lucas, mediou a mesa redonda. "São inúmeras dificuldades que o setor da saúde vem enfrentando, como a falta de materiais, recursos humanos e medicamentos. O simpósio traz discussões que nos levam a refletir para encontrar soluções. Também são ideias que surgem para pensarmos nos próximos anos do Hospital São Lucas, melhorando a atuação de todo o nosso grupo de trabalho", analisa. "
Ao todo foram realizados sete minicursos e cinco mesas redondas, além da palestra magna com o ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Gonzalo Vecina Neto. O presidente do 3º SNGPP, Dr. Mauro Assad, trouxe o evento para Cascavel por acreditar que a cidade e região tem muito a contribuir com a saúde brasileira. "O simpósio traz abordagens em diversos âmbitos. Pensamos a saúde como um todo. Certamente com as contribuições dos nossos convidados, que são altamente gabaritados no assunto, conseguimos levantar inúmeras sugestões, além de ter esclarecido muitas questões para facilitar o dia a dia dos gestores e assim entregar ao setor de saúde mais excelência".
"O Brasil tem muito a ensinar ao sistema de saúde americano"
Christiano Quinan, mestre em administração com ênfase em saúde, é CEO do Grupo The1, que atua na indústria da saúde em diversos segmentos, no Brasil e nos Estados Unidos. Também é presidente do Chapter Goiás do CBEX's (Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde). O especialista veio de Miami (EUA) para cooperar com os debates e fortalecer a gestão da saúde no Brasil, que no seu ver tem muito a ensinar ao sistema americano.
"Fazemos o intercâmbio para que os gestores possam conhecer e ensinar ao sistema de saúde americano, que é o mais caro do mundo consumindo 20% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, ou seja, US$ 3,5 trilhões, insustentável, e não faz a gestão do cuidado da população que é atenção primária. Essa realidade é diferente no Brasil, que consome 9% do PIB com o sistema de saúde. O SUS, apesar de todos os problemas, tem ?empatia? em relação a jornada do paciente, que inicia na atenção primária", analisa.
Quinan observa que a melhoria da gestão da saúde brasileira deve ser focada na experiência do paciente. "Precisamos ter um modelo de cuidado compartilhado. Ter uma visão integral do paciente. Nós, gestores temos que assumir a responsabilidade de fazer a gestão e o recurso que o paciente vai utilizar. Em contrapartida os EUA têm a melhor tecnologia, mas isso é o extremo e representa 0,1% da necessidade do sistema de saúde. A gente consegue fazer a gestão dos cuidados com recursos que são finitos", reforça.
2024 Cascavel
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2024 Toledo
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