FAG Toledo: evento discute os 20 anos da implantação da Lei da Língua Brasileira de Sinais

O curso de Letras Língua Portuguesa e Libras da FAG Toledo realizou nesta terça-feira (19), uma roda de conversa sobre os 20 anos da regulamentação da Lei da Libras (Língua Brasileira de Sinais). O evento abre as comemorações dos 10 anos de implantação do curso de Letras Português e Libras na Instituição.

O debate contou com a participação de professores, intérpretes e de acadêmicos de Letras e de Pedagogia, que acompanharam as discussões e interagiram com os convidados da noite. O intérprete Thiago Rafael Mazzarollo, que tem forte identificação com o tema e realiza um trabalho intenso na área foi um dos participantes, que esteve acompanhado da Tânia Aparecida Martins, que é pioneira no trabalho com Libras em Toledo, com longa trajetória de luta e atuação no setor e do Flávio Kattwitz Junior, que também atua na área, é surdo e só teve contato com a Libras aos 16 anos de idade.

"São pessoas com larga trajetória de pesquisa, estudos e lutas voltados ao ensino e difusão da Libras, voltado ao povo surdo. Eles trouxeram uma retrospectiva sobre os 20 anos da regulamentação da Lei da Libras, destacando aspectos da luta para que, de fato haja acessibilidade comunicacional na sociedade, nos ambientes e para que as instituições estejam preparadas para receber, orientar e ensinar os surdos", relata a coordenadora do curso, Janice Salvador.

De acordo com a docente, a lei foi um grande avanço, mas também foi apenas o início de uma trajetória de lutas e conquistas. "A existência da lei não resolveu os problemas que envolvem a comunidade surda e o ensino de Libras. Foi um passo importante que abriu muito espaço para regulamentações, mas ainda precisamos tornar na prática, assim como está no papel, a Língua Brasileira de Sinais a segunda língua oficial do Brasil", complementa Janice.