Vozes Humanizadoras: NAAE inicia projeto com alunos de Medicina
O momento de descontração teve direito a sorteio de brindes e depoimentos de dois dos proponentes da ação
A trajetória acadêmica não é fácil. Dentre os grandes desafios - que incluem muito aprendizado, conteúdos, provas, notas - estão, ainda, a adaptação às novas necessidades desse processo e a integração dos alunos à comunidade acadêmica. Diante dessa realidade, o NAAE (Núcleo de Atendimento e Apoio ao Estudante) em parceria com a Coordenação do CAMERA (Centro Acadêmico de Medicina Rui Almeida) Social e com os líderes de turma do curso de Medicina deram início ao "Vozes Humanizadoras".
O projeto teve o primeiro encontro na última sexta-feira (25). "O acadêmico, como sujeito protagonista da sua história de formação, dotado de capacidades e potencialidades, precisa perpassar pelo processo de adaptação, desenvolver habilidades para superar algumas limitações, que envolvem questões essenciais, tais como autenticidade, aceitação, autoconfiança e compreensão empática. Para isso, vale sentir-se acolhido, integrado e valorizado por seus pares acadêmicos. Assim, este projeto ressalta um dos propósitos do Núcleo de atendimento e Apoio ao Estudante, que é promover condições para maior integração dos alunos à comunidade acadêmica, levando em consideração suas necessidades e potencialidades no decorrer do processo de ensino e aprendizagem", destaca a Coordenadora do NAAE, Patrícia Radaelli.
O primeiro evento teve como tema "Diálogos e identidades: Formação e realização pessoal". A psicóloga do NAAE, Neiva Rheinheimer, ministrou uma breve palestra, que contou com momentos de dinâmica para que os alunos refletissem sobre diversos pontos. "Fiz uma introdução sobre a identidade e uma dinâmica para que os alunos pudessem entender um pouco quem eles são, como se percebem diante das situações. Também realizei uma atividade para que eles possam se aproximar mais dos colegas. Expliquei ainda a importância do lazer, da boa alimentação e da organização", expõe a psicóloga.
O momento de descontração teve direito a sorteio de brindes e depoimentos de dois dos proponentes da ação. "Percebemos uma necessidade nos alunos em pararmos um pouco para falar sobre os problemas, dificuldades do curso, da vida, trocar ideias. O curso é bastante puxado, então precisamos desse momento, faz bem dar uma parada nessa rotina para tomarmos um fôlego e nos concentrarmos em nós mesmos", expressa Paula Rissi Nogari, Coordenadora do CAMERA Social. "Estamos sendo muito bem preparados tecnicamente, porém, é cada vez mais gritante a necessidade de profissionais mais humanos, então, quisemos buscar nesse momento essa humanização, o pensar no outro", complementa o acadêmico, Carlos Eduardo Reuter. "
O encontro foi encerrado com um momento cultural. Com apenas 4 anos de idade, a filha de Carlos, Clara Reuter, encantou a todos com o poema de Vinícius de Moraes:
"Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?
- Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!"
"Foi muito legal participar. Eu aprendi essa poesia na escola. Eu gosto dela porque ela fala de medo", explica Clara.
Um pequeno show ao vivo finalizou a tarde, que contou com auditório cheio do início ao fim. "Queremos ser um canal de comunicação com os alunos, que eles possam trazer as demandas para que outros assunto possam ser tratados. Estamos cheios de vontade para fazermos essa ação de forma contínua", declara Paula. "Achei bem bacana. A sensação que a gente tinha era que faculdade era só para estudar, mas hoje foi possível ver que não é só isso. Não é possível fazer tudo sozinho", finaliza a acadêmica Ananda Renata.
O próximo encontro está marcado para o dia 08 de junho. A intenção é de que, no futuro, o projeto possa ser expandido para outros cursos.
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