Egressa da Engenharia Civil é premiada nos EUA por inovação na gestão de águas pluviais
Centro Universitário FAG e docentes tiveram um papel fundamental para a conquista
Adriélli Bonfanti Pagnoncelli, formada em Engenharia Civil pelo Centro Universitário FAG em 2019, recebeu recentemente o prêmio Emerge HBCU Innovator of the Year, durante o TEDCO Entrepreneur Expo de 2024 — um dos mais importantes eventos de inovação tecnológica do estado de Maryland, nos Estados Unidos.
A premiação consagrou o desenvolvimento de um software que auxilia municípios na administração de taxas de águas pluviais, uma ferramenta alinhada às diretrizes da pesquisa que Adriélli desenvolve em seu doutorado.
Desde agosto de 2022, ela reside nos Estados Unidos, onde foi aceita com bolsa integral no programa de doutorado em Sustainable and Resilient Infrastructure Engineering (Engenharia de Infraestrutura Sustentável e Resiliente), da Morgan State University.
“A metodologia usada no software faz parte da minha pesquisa de doutorado. O prêmio destaca o impacto do meu trabalho na busca por soluções mais justas e sustentáveis para a gestão de águas pluviais”, explica.
O reconhecimento evidencia a relevância do trabalho da egressa do Centro Universitário FAG em escala nacional. Isso porque a premiação é concedida a projetos que demonstram alto potencial de impacto e aplicabilidade prática, critérios alinhados com os princípios da inovação científica e tecnológica.
Pesquisa para o futuro
A doutoranda investiga como os governos locais americanos financiam e operam seus programas de águas pluviais, com atenção especial às chamadas stormwater utility fees, que são as taxas cobradas dos proprietários com base na área impermeável das propriedades. Essas áreas, que impedem a absorção da água da chuva pelo solo, são um dos principais fatores de risco em áreas urbanas durante temporais.
“O mapeamento das áreas impermeáveis utilizado para a cobrança da taxa também serve como uma fonte valiosa de dados. Estou utilizando essas informações para atualizar alguns valores do TR-55, um manual técnico do USDA, muito aplicado na estimativa de escoamento superficial urbano. Minha proposta é adaptar seus parâmetros à realidade atual, tornando as estimativas mais precisas e úteis para o planejamento da infraestrutura”, contextualiza Adriélli.
Durante o processo, Adriélli também concluiu o mestrado na mesma universidade americana. O título de mestre foi obtido por meio da modalidade en passant, em que o estudante não realiza uma dissertação final, mas cumpre uma grade curricular avançada antes de seguir diretamente para o doutorado.
Da FAG para o mundo
A trajetória internacional de Adriélli começou a tomar forma ainda durante a graduação. Seu Trabalho de Conclusão de Curso já demonstrava a preocupação com a sustentabilidade. O projeto proposto foi sobre reaproveitamento de lodo de lavanderia como pigmento para tintas ecológicas — uma alternativa ao descarte ilegal de resíduos altamente poluentes.
Adriélli também recorda o papel fundamental da FAG e de seus docentes em sua formação acadêmica. “Recebi muito apoio do professor Júlio Tozzo, que era meu professor e, na época, era também coordenador do NRI (Núcleo de Relações Internacionais). Ele me ajudou com os materiais de estudo para o teste de proficiência em inglês e com as cartas de recomendação. A FAG teve, sim, uma participação importante nesse processo.”
Ela ainda relembra com carinho uma frase dita pela professora Débora Felten, coordenadora do curso de Engenharia Civil: “Ela disse que eu tinha perfil para seguir na academia. Foi apenas uma frase, mas para alguém que estava perto de tomar uma decisão, que mudaria o rumo da vida, foram palavras muito motivadoras”.
Débora comemora as conquistas de cada egresso e acredita que, um dos papéis mais bonitos de quem está na docência, é enxergar aquilo que, às vezes, o aluno ainda não vê em si mesmo. “Cada estudante carrega um potencial único, uma história, uma possibilidade de transformar o mundo à sua maneira. Ver nossos egressos crescendo, pesquisando, inovando, sendo reconhecidos aqui e fora do país, é a maior recompensa. Saber que, de alguma forma, contribuímos para isso, é o que dá sentido à nossa missão como formadores”.
2025 Cascavel
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2025 Toledo
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