Maio Amarelo: vida nova à Heloísa Dantas

Devido à imprudência de outro motorista, jovem entrou para as estatísticas dos acidentes de trânsito em Cascavel

10/05/2018


14 de setembro de 2015 foi um dia atípico na vida de Heloísa Dantas. Ela, que normalmente saía do trabalho às 23h, havia sido liberada às 21h. Os planos eram chegar mais cedo em casa e descansar. Pediu para que o rapaz que namorava na época fosse buscá-la. O coração da mãe dela chegou a emitir um aviso: "Venha de ônibus, filha!". "Não, mãe! De moto chego aí mais rápido", definiu a jovem. Caminho de casa, Avenida Barão do Rio Branco, Cascavel. Em um segundo, o casal foi arremessado ao chão. O motorista de um caminhão não respeitou a preferencial e a batida forte aconteceu.

O choque levou Heloísa a um TCE (Traumatismo Craniano Encefálico) grave. O rapaz que a acompanhava teve TCE gravíssimo - o capacete dele saiu da cabeça na hora do acidente. Ambos inconscientes seguiram para o hospital. O prognóstico não era bom: Helô tinha 3% de chances de sobreviver. Foram 13 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em coma. O cérebro desinchou, ela acordou. Primeira batalha vencida. Foram mais 15 dias no hospital, até que o juízo médico inicial foi deixado para trás: ela já não corria mais risco de morte.

A chegada em casa, porém, não foi o fim do momento difícil, mas o início do segundo combate. A jovem, que antes andava, corria e fazia tudo com completa independência, chegou em casa de cadeira de rodas, com dificuldades para mexer os membros inferiores e superiores. A dor não era apenas física. O lado psicológico se abalava mais a cada vez que passava em frente ao espelho do corredor de casa. "Eu me sentia horrível, eu não queria estar daquele jeito", comenta, deixando as lágrimas correrem pelo rosto. Para amenizar o sentimento ruim, o pai cobriu o espelho com um cobertor.

Aos poucos, os reaprendizados começaram a ser as maiores vitórias: cerca de 50 dias depois do acidente, ela voltou a caminhar. "Na primeira vez que eu andei após o acidente, eu pedi para o meu pai me colocar em pé, aí soltei da mão dele e pedi para que ele fosse dois passos para trás. Dei um passo, dei dois passos. Isso para mim foi algo incrível", relembra. Novas pequenas-grandes conquistas foram acontecendo, como o primeiro banho em pé, sozinha, e quando voltou a se alimentar sem ajuda de ninguém, cerca de dois meses após o acidente. A partir daí, a evolução foi rápida, com muita Fisioterapia regada à força de vontade. O cobertor pode sair da frente do espelho. "Fiquei apenas com uma sequela respiratória. Devido ao período grande de entubação, duas lesões apareceram na laringe, e a passagem de ar ficou reduzida. Ainda não sei se será possível a correção com um tratamento ou cirurgia", explica.

Na época do acidente, Helô estava no 2º período do curso de Educação Física do Centro Universitário FAG. Estudos e planos interrompidos por um tempo. No ano letivo de 2016, volta ao campus para retomar o sonho de concluir a formação. Uma parte já foi: ela já está graduada em Licenciatura e está no último ano do Bacharelado.

O ex-namorado de Helô passou por cirurgias e ainda terá que ser operado mais vezes. Teve a calota do crânio retirada, devido ao inchaço e necessita de uma prótese. Começou a recuperar a independência em algumas atividades há pouco tempo. A empresa, dona do caminhão que se envolveu no acidente, ofereceu suporte às vítimas. Porém, nada pode apagar o capítulo inesperado e doloroso trazido pela imprudência. "As pessoas precisam se conscientizar que vidas estão no trânsito. Em cima de uma moto, atrás do volante, são vidas. Com vida não se brinca. O caminhoneiro deveria ter parado no cruzamento. Essa simples ação teria mudado todo o rumo dessa história", encerra Helô, que celebra vida nova e enfatiza que passou a celebrar dois aniversários.


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