Design Gráfico promove banca avaliadora aos acadêmicos que participaram de concurso nacional

Estudantes do último período do curso de Design Gráfico do Centro Universitário FAG criaram um projeto para o Concurso do Cartaz do Museu da Casa Brasileira, que é o concurso regular de design mais antigo e importante do país. Mesmo não estando entre os classificados, os estudantes passaram por uma banca avaliadora, complementando a disciplina "Projeto Experimental".

O concurso, que neste ano chegou a 32ª edição, tem como objetivo promover a reflexão sobre o design brasileiro e incentivar o uso do cartaz como meio de expressão cultural. "Os alunos desenvolveram o cartaz no primeiro semestre e inscreveram no concurso. No segundo semestre, simulamos a criação das demais peças do Concurso (que, segundo o regulamento, são desenvolvidas apenas pelo profissional que vencer o concurso do cartaz) e passamos por uma banca da qual participaram profissionais do mercado", explica a coordenadora do curso, Laila Rotter Schmidt Smolarek.

Ainda segundo Laila, os designers formandos também tiveram que criar uma marca pessoal e um portfolio na disciplina. "Os concursos são uma forma de competição e aprendizado únicas. Por isso estimulei os alunos a trabalhar dentro da disciplina nos moldes do concurso real. Isso não apenas os prepara para continuarem participando mesmo depois de formados, como também desperta o interesse deles para projetos mais experimentais, que são fundamentais para o desenvolvimento pleno do designer. O Cartaz é uma peça clássica, que o designer precisa dominar, mas que não integra necessariamente o repertório 'comercial' da profissão", finaliza.

SOBRE O CONCURSO: 

O Prêmio Design MCB é realizado desde 1986 pelo Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A premiação, mais tradicional do segmento no país, revela talentos e consagra profissionais e empresas. O Prêmio é dividido em dois momentos principais: o Concurso do Cartaz e, em seguida, a premiação dos produtos e trabalhos escritos.

O Concurso do Cartaz desafia participantes de todo o país a criar a principal peça de divulgação do Prêmio. As propostas recebidas são avaliadas por uma comissão julgadora independente, que elege o vencedor e os finalistas. A peça escolhida é impressa e distribuída pelo museu para divulgar as inscrições da premiação, além de orientar a identidade visual adotada a cada edição. O autor recebe prêmio de R$3 mil e um contrato de R$3 mil para a criação de outros materiais gráficos. Iniciado em 1995, o Concurso tem como resultado uma coleção de cartazes que registra parte dos momentos vividos pelo design gráfico brasileiro.

No segundo semestre, o cartaz vencedor anuncia as inscrições para a premiação em si. Entre junho e agosto, o MCB recebe criações (protótipos ou em produção) em categorias que abrangem o design de produto e a produção teórica em design. As categorias são Construção, Transporte, Eletroeletrônicos, Iluminação, Mobiliário, Têxteis, Trabalhos escritos e Utensílios.

Os trabalhos são analisados por duas comissões julgadoras independentes, uma para as categorias de produto e outra para trabalhos escritos. Por fim, são escolhidos os premiados, divididos entre 1º, 2º e 3º lugares e menções honrosas, além de projetos selecionados que compõem a exposição.

Como resultado do Prêmio Design, o MCB monta uma mostra em novembro com os vencedores e categorias de cada edição, que fica em cartaz no Museu por cerca de dois meses.

Fonte: www.mcb.org.br/pt-BR/premio-mcb/sobre