Principal cirurgião de transplante multivisceral do mundo ministra palestra no Comuopar
Vianna lembrou o caminho percorrido até se tornar uma referência mundial
Rodrigo Vianna é um paranaense que ganhou o mundo. O médico atua em Miami, no Estados Unidos, e lá chefia o Departamento de Transplantes do Jackson Memorial Hospital, sendo considerado o principal cirurgião mundial de transplante multivisceral (vários órgãos). O profissional com currículo de destaque foi um dos convidados para a primeira noite de palestras do III Comuopar - Internacional (Congresso Médico Universitário do Oeste do Paraná), evento organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Rui Almeida (CAMERA).
Ele falou sobre o tema "O quebra-cabeça de nossas carreiras: trajetória nos EUA e o futuro do transplante". O Complexo onde Vianna atua é considerado um dos maiores centros de transplantes do mundo, com mais de 10 mil procedimentos já realizados, e um dos poucos lugares onde o transplante multivisceral pode ser feito. "O Paraná tem um trabalho exemplar quando se trata de doação de órgãos, é preciso disseminar isso pelo país. O Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo, o paciente não paga pelo transplante. Isso é muito positivo! O país tem um potencial enorme a ser explorado nesse assunto", declara.
Ainda dentro do tema de sua palestra, Vianna lembrou o caminho percorrido até se tornar uma referência mundial. De acordo com ele, foram muitos "nãos" até que conseguisse chegar onde queria. O profissional possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1994), graduação em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital Nossa Senhora das Graças (1999), Fellowship de Aperfeiçoamento em Pesquisa em Transplante pela Universidade de Miami (2002) Doutorado em Medicina (Cirurgia do Aparelho Digestivo) pela Universidade de São Paulo (2014).
Outro convidado da primeira noite foi Mauricio Lemos, médico responsável por um novo modelo de integração entre SAMU e Corpo de Bombeiros. Ele ministrou a palestra "Intervenções Avançadas na Vítima Presa às Ferragens". Apesar de falar sobre questões técnicas, o Coordenador médico e intervencionista do resgate da VIAPAR e médico regulador e intervencionista do SAMU 192 Regional - Maringá deu ênfase à necessidade de humanização. "São situações difíceis em que a equipe não precisa dificultar ainda mais para aquele paciente que, muitas vezes, acabou de perder alguém no mesmo acidente. Temos que dar um atendimento de qualidade. O que a vítima a ser socorrida precisa também é de conforto humano. A Medicina de resgate, apesar de protocolos, tem que ser extremamente humanizada".
Mais de 650 congressistas participam do evento, que termina neste sábado (17). O tema é "Os Desafios da Medicina de Emergência do Brasil". "Optamos pelo tema Emergência, que foi reconhecido recentemente como especialidade e tem passou por evoluções e mudanças. Então, os acadêmicos precisam estar atualizados em relação a isso. Todos terão que passar por prontos-socorros, unidades de pronto atendimento, ter esse conhecimento, portanto, é fundamental. Acredito que essa terceira edição é o maior evento acadêmico científico internacional que Cascavel já teve. Conseguimos unir os aspectos científico, prático, além da interação com grandes nomes da Medicina", finaliza Paula Rissi Nogari, coordenadora social do CAMERA.
2025 Cascavel
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