Comuopar: Médico que trabalhou em Brumadinho fala sobre atuação do profissional em catástrofes
O foco da palestra foi como deve ser a atuação do profissional da Medicina em eventos inesperados e com enorme impacto como o da cidade mineira
O segundo dia de Comuopar (Congresso Médico Universitário do Oeste do Paraná), na sexta-feira (16), teve um desfile de grandes profissionais no palco da Reitoria, que se revezaram trazendo diferentes aspectos dos atendimentos de emergência aos mais de 650 congressistas. Um dos palestrantes foi o Doutor, Jorge Ribera, que atuou nos atendimentos após o rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais.
O foco da palestra foi como deve ser a atuação do profissional da Medicina em eventos inesperados e com enorme impacto como o da cidade mineira, onde quase 250 pessoas morreram, além de 22 que permanecem desaparecidas. Centenas de pessoas ficaram feridas, porém, Ribera destaca que nem sempre o trabalho do médico é curar feridas físicas. "Em uma tragédia, o maior importante é entender a necessidade daquela população, já que muitas vezes a necessidade não é orgânica, muitas perdas estão em jogo para aquelas pessoas. Eu cito como exemplo um atendimento que fiz a um paciente embriagado. Ele havia salvado o filho, a mãe, mas disse que estava com a esposa nos braços e a água a levou. Então, você precisa mais que técnica, precisa ter compaixão para compreender as demandas. O médico, que vai para um cenário como este, precisa saber que terá que atuar de diferentes formas: desde um trauma grave até a parte social", descreve.
Completaram o dia repleto de conhecimento os seguintes profissionais: Thiago Giancursi, que falou sobre "Atualização dos Protocolos ABCDE do Trauma"; Gabriel Afonso Dutra Kreling, com o tema "Projeto Lean nas Emergências: uma Nova Realidade"; André Schier, que falou sobre "Atendimento do Incidente com Múltiplas Vítimas e o Sistema de Comando de Incidentes no Siate"; Itamar Regazzo Porto com a palestra "Identificando os Tipos de Choque na Emergência"; Rodrigo Nicácio Santa Cruz que abordou "Serviço Aeromédico no Oeste do Paraná: 5 anos salvando vidas"; e Agnaldo Pispico com a palestra "Atualização no Infarto Agudo do Miocárdio".
Para os participantes, assistir a tantos profissionais foi uma experiência marcante para a carreira. Alvana Bárbara Chiumnto é brasileira, mas estuda no Paraguai, e foi uma das congressistas. "Muitas vezes não temos esse conhecimento de forma tão aprofundada em sala de aula. Os Congressos tornam as informações mais acessíveis. Os currículos dos médicos convidados são bem extensos e isso é inspirador", finaliza
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