Saúde Mental é foco de simpósio promovido por Psicologia
Reforma psiquiátrica, sistema de atenção psicossocial e residências terapêuticas foram abordados
Acadêmicos do 4º e 5º períodos de Psicologia promoveram o II Simpósio de Temas Emergentes em Saúde Pública, com foco em Saúde Mental. As convidadas para o evento foram a coordenadora do CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial), Sônia Reis, e a responsável pelas residências terapêuticas em Cascavel, Maria Luiza Gomes de Carvalho.
Sônia falou sobre a rede de atenção psicossocial e fez um breve relato sobre a transformação pela qual o sistema passou com a reforma psiquiátrica, a partir da promulgação da Lei 10.216 em 2001, que redirecionou os trabalhos voltados à saúde das pessoas com transtornos mentais.
A rede é composta por vários serviços, desde o CAPS i, voltado para crianças e adolescentes com transtornos mentais e CAPS ad para crianças e adolescentes dependentes químicos. O CAPS III atende pessoas maiores de 18 anos com transtorno mental grave. Além do suporte das Unidades Básicas de Saúde, ambulatório municipal CASM (Centro de Atendimento à Saúde Mental), que atende tentativas de suicídio, depressão pós-parto e violências. A rede conta também com o SIM Paraná, que em parceria com o Governo do Estado trabalha com a recuperação de dependentes químicos.
"Cada serviço tem sua característica, no CAPS III, o psicólogo desenvolve atendimento em grupo de apoio, com psicoterapia para a família e pacientes, atendimento individual, acompanhamento e orientação", explica Sônia.
Maria Luiza trabalhou como psicóloga no extinto Hospital Psiquiátrico São Marcos em Cascavel. Em 2003, quando as portas se fecharam muitos pacientes que residiam no hospital, por terem sido abandonados pelos familiares, ficaram sob responsabilidade o município até serem instituídas as residências terapêuticas, que são casas que abrigam estas pessoas e dão todo o suporte multiprofissional e interdisciplinar. "Temos dez pacientes que há 15 anos têm um espaço de acolhimento, que são compreendidos nas suas necessidades, se sentem em família. O hospital cumpria com as exigências do Ministério da Saúde, na época, mas como eram muitos pacientes não dava conta de atender as necessidades de todos. Hoje tratamos cada um com a sua peculiaridade", conta Maria Luiza que também ressalta que é compensador ver hoje o resultado desse trabalho, que ela ajudou a iniciar.
O objetivo do simpósio foi mostrar aos acadêmicos como funciona a rede e as abordagens que são dadas aos transtornos psiquiátricos.
2025 Cascavel
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2025 Toledo
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