Projeto Integrador de Enfermagem promove atividades em alusão ao Outubro Rosa

A Grand Via do Centro Universitário FAG foi tomada pelo rosa. Dentro do projeto Integrador do curso de Enfermagem, foram promovidas atividades voltadas à saúde da mulher por acadêmicos de duas turmas do 4º período.

Quem passou pelo evento pode saber um pouco mais sobre a prevenção do câncer de mama e útero e conhecer as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Além disso, teve distribuição de camisinhas masculinas e femininas, tudo isso no Ônibus Saúde e Cidadania do Centro FAG. O projeto Integrador de Enfermagem tem um tema em cada bimestre e neste a escolha foi a saúde da mulher por conta do Outubro Rosa e a ideia principal é levar informações e orientações para a comunidade e, dentro do campus, um grupo de alunos ficou responsável por passar em todos os blocos da FAG para que o pessoal participasse.

Andrea Costa Ribeiro é uma das responsáveis pelo projeto integrador e para ela trazer esse tipo de atividade enriquece o conhecimento dos acadêmicos e também motiva o público a fazer os exames necessários. "Os acadêmicos têm a teoria, e projetos como esse faz com que os alunos se insiram na comunidade, para eles é muito importante pois é uma vivência prática. Eles têm a parte teórica e depois trazem esse conhecimento para comunidade. Muitas pessoas tem o conhecimento, mas não praticam, e nesses eventos elas são motivadas a fazer os exames de prevenção".

Para os acadêmicos ter essa proximidade com o público e poder exercitar a prática é fundamental. "A saúde no Brasil, apesar de muitas campanhas, ainda falta alcançar o público. A gente trabalha com o público mais jovem para que eles levem informações para casa, para os familiares e repassem essas informações. Quanto mais experiência na academia, melhor profissional a gente se torna", destaca Fernanda Caetano Vasconcelos, acadêmica do 4º período de Enfermagem.

O autoexame foi uma das explicações durante o projeto e esse é um ponto importante que as mulheres muitas vezes acabam deixando de lado. A iniciativa do curso de enfermagem pretende fazer com que essa realidade mude. A professora Ariana Cristina Tasca também foi responsável pelo evento. "O aluno já trabalha em sala de aula e em projetos assim eles buscam as informações para trazer ao público. O interesse, iniciativa e criatividade dos alunos foi fundamental para o projeto acontecer. Nós profissionais da saúde pensamos que é algo tão simples, mas tem mulheres que não sabem fazer o autoexame de mama, então é importante projetos assim para práticas tão simples que fazem a diferença, já que muitas mulheres descobrem o câncer pelo autoexame".

A iniciativa foi feita em parceria com o projeto Amor em Fios, que surgiu há 3 anos e já proporcionou sorrisos a muita gente. O projeto foi criado pela Simone Sarolli Preisner Braga Cortes que já teve câncer e viu a necessidade de trazer de volta a autoestima para mulheres que lutam contra a doença. "Já fui paciente de câncer duas vezes, então eu sei da necessidade que a mulher tem de melhorar a autoestima. Quando cai o cabelo é um pedaço do corpo da gente que cai e muitas mulheres não conseguem lidar com essa perda, então esse projeto nasceu inicialmente para promover a fabricação de perucas, lenços para as mulheres em tratamento, e depois de 2 anos vimos a necessidade para crianças, que é o Amor em Fios Kids, muitas vidas já foram salvas através da campanha", conta Simone.

O projeto Amor em fios é responsável pela produção de perucas, toucas, lenços e próteses (temporárias) externas de mama para pacientes com câncer, os produtos já foram enviados para mais de 27 cidades em 14 estados. A iniciativa é mantida pela grande rede de voluntariado que conta com crocheteiras que fazem bases das perucas, tricoteiras que são responsáveis pelas toucas de adultos, costureiras que consertam os lenços, salões de beleza que fazem o corte de quem quer doar cabelo, e o peluquero que produz as perucas. No projeto Integrador de Enfermagem as responsáveis apresentaram o projeto e explicaram a importância da autoestima na vida dos pacientes.

Reportagem: Débora Damasceno, acadêmica de Jornalismo