Atividade de Fonoaudiologia prepara alunos para reabilitação de pacientes com disfagia

A atividade prática da disciplina Hospitalar, do 6º período de Fonoaudiologia, foi o estudo de casos clínicos hipotéticos para reabilitação de pacientes com disfagia. Além disso, a turma teve que preparar e apresentar opções de refeições com a consistência apropriada. 

A professora Vandriéle Herber, responsável pela disciplina, explica que a disfagia é uma alteração em qualquer fase da alimentação. "Quando o paciente tem dificuldade de triturar o alimento e formar o bolo alimentar, ou até mesmo de ejetar esse alimento para a faringe e esôfago".

A disfagia pode acometer idosos, pacientes neurológicos, pós-AVC, vítimas de acidentes traumáticos que afetam a região cervical, entre outros. "Essa é uma das áreas que a Fonoaudiologia trabalha, que é a reabilitação alimentar desses pacientes. A consistência não deve ser tão líquida que corra o risco de ser broncoaspirado e nem tão sólido que haja dificuldade em formar o bolo alimentar". 

A disfagia pode ser um situação temporária ou permanente. E se a refeição não foi adequada, ao ingerir o paciente pode ter uma pneumonia aspirativa ou um engasgo, que pode levar a asfixia. 

O grupo da Laura Ody Bassi, preparou uma papinha de bolacha, danone caseiro, purê de batatas e um suco, que foi engrossado para não ficar tão líquido. O caso clínico, simulado, que as alunas estudaram foi de uma paciente que sofreu um acidente de jetski, com um trauma grave na região do pescoço. E não é só a consistência da alimentação que elas recomendam, há também uma série de exercícios simples para recuperar a musculatura.  "Nós avaliamos o caso dessa paciente e diagnosticamos que levaria um bom tempo, ainda, para poder introduzir a alimentação. No entanto, é possível reabilitar. Essa atividade exigiu muito conhecimento de nós, alunos. Vamos nos deparar com essa realidade no mercado de trabalho e desenvolver a prática na graduação é muito importante".