FAG Pesquisa: estudo comprova influência positiva do karatê no desenvolvimento motor infantil
O trabalho foi submetido, aceito e apresentado no XVIII Simpósio Internacional de Atividades Físicas e no VI Fórum Científico da ESEFEX
Os benefícios da atividade física são incontestáveis. Em diferentes fases da vida, movimentar o corpo faz parte da lista de necessidades para manutenção da saúde. Tendo como foco as crianças, os formandos de Educação Física, Daniel Roberto Billert e Carlos Eduardo Stocco, sob a orientação da professora, Débora Goulart Bourscheid, buscaram comprovar esses benefícios: eles elaboraram um estudo para comparar o desempenho motor de praticantes e não praticantes de karatê. A pesquisa foi o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da dupla.
Daniel é professor de karatê e praticante há 14 anos. Segundo ele, "as artes marciais apresentam diferentes modalidades, neste sentido, cada uma delas requer diferentes tipos de treinamentos e aperfeiçoamento de técnicas, que propiciam uma melhora da qualidade do movimento e também qualificam o desenvolvimento motor do praticante".
Para a pesquisa, foi utilizada uma amostra de 25 praticantes de Karatê acima da faixa azul clara de ambos os sexos e 25 de não praticantes de nenhuma modalidade esportiva. A faixa etária foi entre 5 a 9 anos. A avaliação foi através da bateria de testes KTK (Korper koordinations test fur Kinder), desenvolvido por Kiphard e Schilling (1974). "Os dados descritivos foram apresentados em média±desvio padrão. A normalidade dos resíduos foi testada a partir do teste de Shapiro-Wilk, sendo considerados os dados com distribuição normal. Para comparação dos escores de desempenho motor entre praticantes e não-praticantes de arte marcial e entre idades utilizou-se ANOVA Two-Way. Para comparação das médias par a par, foi feita pelo teste de Tukey, software estatístico R (Core Team, Vienna, Austria) utilizando-se o pacote Rcmdr (FOX, 2005)", descreve Daniel.
Os resultados obtidos confirmaram que os praticantes têm grande vantagem no desenvolvimento motor. "Os karatecas tiveram 406,5±42,7 pontos na escala KTK para 336,8±35,2 dos não esportistas. Foi encontrado diferença significativa entre praticantes e não praticantes dentro da mesma idade. Conclui-se, portanto, que a prática do karatê influencia significativamente o desenvolvimento motor na Infância", destaca. Ele ainda acrescenta que "depois da análise dedutiva feita dentro da observação foi possível verificar que o não praticantes da modalidade de karatê, dentro de uma atividade simples, não dominavam valências como correr, coordenação, além de terem dificuldades quando era necessário correr para o lado direito e lado esquerdo, apresentando pequeno desequilíbrio, sendo que na mesma atividade os praticantes de karatê apresentavam uma melhor desenvoltura em sua coordenação, equilíbrio, tiveram menos dificuldades em identificar lado direito e lado esquerdo, além de melhor velocidade e atenção durante a realização das atividades".
A relevância da pesquisa foi reconhecida por uma banca internacional: o trabalho foi submetido, aceito e apresentado no XVIII Simpósio Internacional de Atividades Físicas e no VI Fórum Científico da ESEFEX, realizados no Rio de Janeiro.
2025 Cascavel
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