FAG Pesquisa: Violência contra a mulher é tema de TCC no curso de Enfermagem

Com a finalidade de levantar informações acerca do atendimento de enfermeiros da atenção primária à saúde, prestado às mulheres vítimas de violência doméstica, Brenda Feltrin e Luciane da Silva Toso realizaram para o TCC, no curso de Enfermagem, a pesquisa que resultou no artigo científico intitulado "Ser Enfermeiro e o Cuidado à Mulheres Vítimas de Violência Doméstica: Situações Vivenciadas", orientado pelo professor Maycon Hoffmann Cheffer. 

De acordo com as pesquisadoras, as Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família são, muitas vezes, as portas de entrada para atendimento às vítimas de violência doméstica. "Os casos culminam em danos à saúde, como traumas, mortes e abalos emocionais", explica Brenda.

Profissionais  que atendem casos de violência contra a mulher, nos serviços de saúde no território nacional, público ou privado, devem fazer a notificação compulsória, de acordo com a Lei de n° 10.778.

No estudo as alunas identificaram cinco categorias: sentimentos vivenciados durante o atendimento; percepção dos enfermeiros aos casos de violência; encaminhamentos realizados; capacitação profissional e continuidade do cuidado. 

Os profissionais enfermeiros que trabalham em UBS e USF de Cascavel responderam a um questionário aberto, onde relataram as situações e também como se sentiam em relação a elas. As pesquisadoras concluíram que os enfermeiros sentem-se capacitados para prestar o cuidado, mas que seriam necessárias políticas públicas e serviços de saúde  que garantam mais segurança às vítimas, além de preparação de todos os profissionais envolvidos. 

O trabalho foi publicado pela Revista Varia Scientia - Ciências da Saúde, editada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), sendo esta a publicação oficial do Programa de Pós-Graduação de mestrado e doutorado em Biociências e Saúde. 

Brenda considera a publicação como um importante meio para impulsionar o enfrentamento à violência e ao feminicídio.  "Identificando a violência, pode-se evitar novos episódios, estabelecendo um elo de confiança para que a vítima se sinta segura a seguir as orientações e procurar serviços de apoio disponível".

Acesse o link para conferir o artigo na íntegra.