FAG Pesquisa: estudo de Biológicas demonstra baixa cobertura de algumas vacinas em crianças da região
Segundo a pesquisadora, o estudo comprova a possibilidade da atuação de biólogos na saúde pública, junto à área de epidemiologia.
A queda nos números de imunização em várias partes do mundo e o crescimento do número de casos de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação e que estavam erradicadas geraram interesse na formanda em Ciências Biológicas do Centro Universitário FAG, Regina Oliveira Pinheiro. O tema polêmico e atual foi a escolha dela e de sua orientadora, Lais Weber, para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) com o título: "Avaliação da cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano no período de 2008 a 2018 na 10° Regional de Saúde do Estado do Paraná".
Como o nome do trabalho sugere, a área escolhida para a pesquisa foi a da 10ª Regional de Saúde, que contempla 25 municípios da região Oeste do Paraná. Foram analisados os índices epidemiológicos de 9 vacinas no período de 2008 a 2018 estipulando a média entre os municípios. Os resultados foram os seguintes:
Metas atingidas
BCG - 98,84%
Hepatite B primeiro mês de vida - 68,97%
Rotavirus humano- 93,17%
Meningococo C- 91,50%
Penta - 88,07%
Pneumococica - 93,01%
Poliomielite - 97,48%
Febre amarela - 91,35%
Tríplice viral - 100,86%
Cada vacina tem um percentual de cobertura a ser atingido de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunização) que varia entre 90 a 100% da cobertura a ser atingida. "Vários fatores influenciam nesses resultados (mudança da família da cidade, medo da reação das vacinas, religião, cultura e até mesmo o não preenchimento correto nos sistemas de informação do governo, acarretando em baixas coberturas e o surgimento de doenças imunopreveníveis", esclarece Regina.
No comparativo com anos anteriores a 2008, a média geral no período evidenciado na pesquisa foi de 93,59%. "A cobertura vacinal dos 25 municípios pertencentes à 10° Regional tem um percentual bom, acima de 90%, no entanto, ao analisar algumas vacinas é possível perceber que algumas ficaram abaixo da meta preconizada pelo PNI, como por exemplo a vacina menincoco, hepatibe B, penta e febre amarela. Febre amarela tem uma meta de 100%, ou seja, todas as crianças menores de 1 ano têm que receber a vacina e é uma doença que reapareceu recentemente e que há muito tempo não ouvíamos falar", complementa.
Segundo a pesquisadora, o estudo demonstra a possibilidade da atuação de biólogos na saúde pública, junto à área de epidemiologia, estudando as doenças e suas causas e transmissões. "Como trabalho com vigilância em saúde, o trabalho ajudou a ter mais conhecimento sobre o assunto para orientar melhor as mães e responsáveis da importância da vacina em crianças menos de 1 ano. Entendendo melhor o assunto é possível orientar e trabalhar melhor a educação em saúde, ajudando assim no controle das doenças imunopreveníveis", conclui.
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Toledo
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Cascavel
2024 Toledo