FAG Pesquisa: Estudo identifica como é o trabalho de enfermeiros no atendimento a diabéticos
Questionário foi aplicado em um município da região sudoeste do PR.
A experiência do enfermeiro na atenção primária à saúde foi o tema explorado no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) das formandas de Enfermagem, Milena Sandri Sales e Susane dos Santos, que foram orientadas pelos professores Maycon Hoffmann Cheffer e Manoela Aparecida Fumagalli. O artigo científico foi intitulado como "Assistência de Enfermagem Prestada pelo Enfermeiro da Atenção Primária à Saúde ao Paciente Diabético".
O estudo foi aplicado em uma cidade da região sudoeste do Paraná, com cerca de 34 mil habitantes. Um questionário foi respondido por enfermeiros que atuam em unidades de saúde (Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família), escolhidos aleatoriamente. "O principal motivo para a realização do trabalho foi a dificuldade que a Enfermagem tem se fazer entender a importância do autocuidado", explicam as pesquisadoras.
A pesquisa elencou as seguintes categorias com base nas respostas dos profissionais: Educação em saúde, dificuldades vivenciadas, condições necessárias para uma boa assistência ao paciente diabético e percepção sobre a importância da assistência de enfermagem prestada.
De acordo com as respostas dos profissionais, nenhuma das unidades de saúde possuem grupos específicos para trabalhar com o público diabético e também não possuem equipe multidisciplinar. Outra dificuldade é a resistência à adesão do tratamento e à mudança no estilo de vida por parte dos pacientes.
Susane e Milena identificaram que o público idoso é o mais resistente. "Os pacientes diabéticos idosos possuem maior resistência à adesão ao tratamento medicamentoso e mudanças no estilo de vida, porém, é a esse público que os enfermeiros precisam estar mais atentos com ações voltadas para o acolhimento e melhoria dos quadros clínicos instáveis", aponta a pesquisa.
O atendimento aos pacientes diabéticos por parte dos enfermeiros se faz com o acolhimento individualizado, orientação e visitas domiciliares por enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde. "O enfermeiro orienta individualmente conforme os pacientes procuram por atendimento nas unidades de saúde, nas visitas domiciliares, mas isso tem se mostrado insuficiente, já que a demanda é extensa e não há a realização de um trabalho que alcance todo o coletivo", esclarece a pesquisa.
As condições necessárias, segundo o olhar dos enfermeiros, seria possível com atendimento multidisciplinar, boas relações com paciente e família, compreensão, diálogo, equipamentos e medicações disponíveis. Os profissionais também relataram as dificuldades em relação ao tempo para se dedicar a estes pacientes e ao espaço físico. Além disso, todos compartilham da percepção de que a assistência da enfermagem é fundamental para manter a saúde e a qualidade de vida das pessoas com diabetes.
A pesquisa destaca que a educação em saúde tem sido uma ferramenta eficaz utilizada como estratégia de prevenção e promoção da saúde, portanto a educação sobre a diabetes, possibilita prevenir que os casos se tornem agudos. "A educação em saúde, quando centrada na significância que o profissional enfermeiro exerce, sobre o paciente e na equipe multidisciplinar, possibilita uma maior efetividade em todo o processo".
O trabalho foi publicado pela Revista Varia Scientia - Ciências da Saúde, editada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), sendo esta a publicação oficial do Programa de Pós-Graduação de mestrado e doutorado em Biociências e Saúde.
Clique aqui para conferir o artigo científico.
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