Egressa de Engenharia Civil conclui Mestrado em Valência, Espanha
O idioma diferente e o entendimento das normas em outro país foram as principais dificuldades na nova fase
Após três anos de formada em Engenharia Civil pelo Centro Universitário FAG, Thaís Cristina Bonifácio Claro já tem uma nova conquista acadêmica para celebrar: ela concluiu o Master Universitário em Ingeniería del Hormigón (Mestrado em Engenharia do Concreto) na Universitat Politècnica de València, em Valência, Espanha. O conhecimento adquirido fora do país era uma das metas da jovem engenheira civil.
A parte estrutural da Engenharia Civil foi algo que sempre chamou a atenção de Thaís. Com isso, começou a pesquisar Mestrados na área mundo afora. "Vi que a universidade era uma das melhores de toda Europa, e o Mestrado tinha um selo de aprovação internacional, o que me possibilitava trabalhar em qualquer parte do mundo com este título. Foi aí que eu decidi ir para Espanha estudar", explica.
Após um longo processo que incluía a análise de documentos e análise do perfil do candidato, veio a carta de aceitação. O idioma diferente e o entendimento das normas em outro país foram as principais dificuldades na nova fase. "Eu já tinha uma base do espanhol, mas para entender um nativo não é nada fácil. Os professores da universidade tinham muita paciência comigo, me ajudaram muito quanto a esta questão, repetiam ou falavam mais devagar, isso me ajudou muito. Também foi complicado aprender outras nomeações técnicas. Sempre tinha que questionar, pois muitas coisas se dizem de formas totalmente distintas. Além disso, aprender uma nova norma técnica de estrutura me dificultava um pouco, ainda que a norma se parecia muito a norma brasileira (NBR), mas muitas vezes me confundia ao fazer algum trabalho. Trabalhando na multinacional TYPSA (no Brasil se chama EngeCorps) me facilitou muito quanto a isso, pois aí tive conhecimentos de outras normas ao trabalhar em projetos de diferentes países (como Rússia, Suécia, Espanha e México)", conta.
No Trabalho Final do Mestrado Thaís trabalhou a utilização da cinza de casca de amêndoas na fabricação de geopolimeros. "Basicamente é utilizar a cinza com algum outro resíduo, para substituir o cimento na fabricação do concreto. Na realização do trabalho final, tive a oportunidade de trabalhar como investigadora do grupo de extensão da universidade, que se chama ICITECH e dentro deste grupo grande se divide em vários outros subgrupos, no meu caso fiz parte do subgrupo GIQUIMA. Dentro desse grupo conheci mais sobre os 'fly ash' termo que vem do inglês e se trata de cinzas volantes. O grupo GIQUIMA investiga muito sobre isso com outras cinzas como a de casca de arroz, bagaço de cana de açúcar e caroço de azeitona. Junto com a Universidade Estadual de São Paulo eles fazem muitas parcerias e muitos alunos brasileiros vão até a Espanha para terminar seu trabalho final mestrado ou doutorado".
Atualmente, Thaís está trabalhando e ampliando seus conhecimentos na República Dominicana, mas não esconde o desejo de voltar ao Brasil. Sobre a conquista, não tem dúvidas que arriscar-se e ir atrás do que tanto queria foram questões que fizeram total diferença em sua carreira. "Esta formação para mim significa muito! Me permitiu ampliar meus conhecimentos profissionais e amadurecer como pessoa. Essa formação também me ampliou muito o campo de trabalho, me deu a oportunidade de trabalhar em uma multinacional e conhecer na prática grandes estruturas e como projetá-las estruturalmente. O que eu sempre concluo de tudo isso é que sair da zona de conforto, deixar o próprio país, família e amigos não é nada fácil, mas depois de toda essa experiência você olha para trás e pensa que tudo isso valeu a pena", conclui.
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