1º Dia de Campo da FAG mostrou a viabilidade do cultivo da canola

Em torno de 500 pessoas, entre acadêmicos de Agronomia e agricultores rurais da região, participaram do evento acontecido na Fazenda-Escola da Faculdade Assis Gurgacz.

24/08/2007

A tecnologia de produção da canola foi o centro dos experimentos, demonstrações e das orientações prestadas no 1º Dia de Campo da FAG. O evento, realizado na Fazenda-Escola da Faculdade, atraiu cerca de 500 participantes, entre acadêmicos de Agronomia e produtores rurais de toda a região, que puderam observar de perto o processo de colheita da canola. Desde o ano passado, a FAG vem investindo no desenvolvimento de pesquisas em torno desta cultura.

O Dia de Campo, que teve como parceiros a Massey Fergusson, Jacto, Solovel, Marchesan, ACM Bio e Implementos Morgenstern, mostrou a viabilidade da produção da oleaginosa, especialmente no que se refere à colheita. "A colheita, pelos riscos de perda, assusta o agricultor", confirma o coordenador do curso de Agronomia da FAG, professor Reginaldo Ferreira Santos. "A canola é desuniforme. Enquanto algumas plantas ainda estão verdes, outras já estão secas e têm urgência para serem colhidas, já que o debulhamento acontece muito facilmente e pode ocasionar a perda dos grãos", explica.

Entretanto, alguns experimentos já asseguram maior aproveitamento da colheita. O gerente de produção da Solovel, Alceu Pedron, foi um dos profissionais que orientou os agricultores que participaram do Dia de Campo. "É possível antecipar o ponto de corte e fazer o enleramento das plantas, que estarão menos sujeitas à ação do vento, por exemplo", aponta. No evento promovido pela FAG, as empresas parceiras mostraram como as perdas podem ser reduzidas com o uso de uma plataforma recolhedora, e não convencional. As perdas, segundo os especialistas, podem ser reduzidas em 10%.

APRENDIZADO – O agricultor Ademar Wutzki, de Cascavel, participou do Dia de Campo justamente por ter curiosidade de conhecer como se dá o manejo e cultivo da canola. "Por enquanto planto soja, trigo e milho, mas queria conhecer essa alternativa. É uma possibilidade interessante", avalia.

O acadêmico do 8º período de Agronomia, Pedro Fávaro, também disse ter aprendido muito no evento. "Tivemos a oportunidade de observar desde o plantio até a colheita. Além disso, esse contato com profissionais que já estão no mercado é um grande aprendizado para nós", disse.

Na opinião do gerente da Fazenda-Escola da FAG, engenheiro agrônomo Helmuth Bleil Jr, o Dia de Campo serviu para desmistificar a cultura da canola. "Nosso objetivo não é convencer o produtor rural, mas apresentar esta alternativa e dirimir todas as dúvidas para que os próprios agricultores possam escolher o que cultivar. Além disso, o Dia de Campo foi uma oportunidade para que a comunidade se integrasse a esse espaço experimental que é a Fazenda-Escola da FAG", destaca Helmuth.