Clínicas FAG oferecem atendimento multidisciplinar para pacientes de bariátrica do SUS
No espaço está localizado o Ambulatório de Obesidade do Hospital São Lucas
Há 15 anos as Clínicas FAG prestam atendimento multidisciplinar para pacientes de bariátrica do Sistema Único de Saúde (SUS). Ali, está localizado o Ambulatório de Obesidade do Hospital São Lucas, que já realizou mais de 1,2 mil cirurgias bariátricas, todas com o acompanhamento multidisciplinar das Clínicas.
A caminhada até a cirurgia é longa, e começa na Unidade Básica de Saúde (UBS). Após o atendimento na UBS, a Regional de Saúde realiza a distribuição dos pacientes para, então, eles passarem por uma avaliação inicial e, posteriormente, pelo acompanhemento multidisciplinar.
Nesse cenário, o Hospital São Lucas se destaca como um centro de referência em obesidade, que desde 2010 possui parceria com a 10ª Regional de Saúde (Cascavel e região), e desde 2022 com a 9ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu e região).
A coordenadora do Ambulatório, Leda Walker, explica que a atuação multidisciplinar é fundamental para que os pacientes tenham sucesso no pós-operatório. “Aqui nas Clínicas, cada paciente da bariátrica conta com acompanhamento com nutricionista, fisioterapeuta e psicóloga. Esse combo auxilia não apenas a preparar seu corpo para o procedimento, mas promove uma mudança de hábitos que é decisiva na manutenção de uma vida saudável para o resto da vida”, ressalta.
Após o atendimento no Hospital, é realizada uma avaliação inicial nas Clínicas e os pacientes são inseridos em grupos, que passam por diversas fases de orientações. Cada um possui a meta de perder 10% do seu peso total antes da cirurgia, a fim de facilitar a recuperação.
A nutricionista Larissa Zucco realiza o acompanhamento pré-operatório dos pacientes, e explica que a perda de peso pré-cirurgia é realizada por meio de uma educação nutricional. “Cada paciente tem uma consulta individual para desenvolver um plano alimentar que funcione para o resto da sua vida. Temos pacientes que atingiram resultados excepcionais com os novos hábitos alimentares. Além disso, realizamos a montagem e degustação de dietas, o que facilita muito o processo de adaptação alimentar após o procedimento”, elucida.
A equipe de fisioterapia acompanha os pacientes no pré e pós-operatório, visando a preparação física para evitar complicações. “Para isso, trabalhamos com diferentes tipos de exercícios - alongamento, fortalecimento muscular e condicionamento cardiorrespiratório - melhorando seu condicionamento físico para que eles não tenham nenhuma intercorrência”, detalha o fisioterapeuta da equipe multidisciplinar, Marcelo Taglietti.
Além dos cuidados com o corpo, os cuidados com a mente são indispensáveis para a mudança de hábitos necessária para o sucesso da cirurgia. Para tanto, a psicóloga Suelen Berlanda realiza um trabalho intensivo com os pacientes, colocando-os em contato com suas emoções. “Uma bariátrica por si só não é capaz de trazer saúde e qualidade de vida. O paciente precisa de mudanças efetivas na sua vida para então aproveitar os benefícios que surgirão após a bariátrica. A parte emocional e comportamental é muito importante nesse processo, até para que ele consiga passar por todas as fases de mudança, desde o emagrecimento até as adaptações”, destaca.
Para cada novo hábito, uma conquista
Com as mudanças de hábito, vêm os resultados. Silmara Becegati já perdeu quase 15 quilos desde o início do acompanhamento. Entre seu trabalho e a maternidade, foi difícil encontrar tempo para aderir aos exercícios físicos e dietas, mas a sua persistência, e o apoio de seu marido, trouxeram resultados. “Minha vida é corrida. Trabalho o dia inteiro e tenho uma filha de seis anos. Mas eu sabia que precisava mudar, então sempre depois do serviço eu dava um jeito de fazer uma caminhada”, relembra.
A paciente, natural de Capitão Leônidas Marques-PR, foi encaminhada pelo Cisop e conta que, além do excesso de peso, sofria com pressão alta e ansiedade. Diante de um quadro difícil e uma perspectiva de grandes mudanças, Silmara encontrou na equipe multidisciplinar o acolhimento que precisava. “O acompanhamento das Clínicas foi ótimo para mim desde a primeira vez que passei do portão para dentro. As meninas da recepção, a nutri, a psicóloga, o fisioterapeuta, os estagiários; todos nos tratam com o maior carinho e profissionalismo”.
Em quase dois meses de acompanhamento, foram 15 quilos a menos. “No começo não acreditei que havia perdido tanto peso. Subi na balança duas, três vezes, para ver se realmente estava certo. A cada semana perdi um quilo, um quilo e meio, e foi muito prazeroso. Mas é inacreditável ver a mudança acontecendo. Você começa a perceber que as roupas estão mais largas e seu corpo está mudando e mal consegue acreditar”, conta.
Depois de passar pelas mãos de tantos profissionais, Silmara entende que a mudança de pensamento e comportamento foi fundamental para seu sucesso no pré-operatório. “Antes eu não entendia as horas de comer, mas eu aprendi. Não passei fome, foi uma dieta fácil de cumprir e trouxe resultados. Só pelo que eu aprendi já valeu a pena ter passado por esse processo. Saio das Clínicas me sentindo segura para realizar o procedimento, entendendo todo o processo e sabendo o que devo fazer pelo resto da vida” conta.
Em cada desafio, uma vitória
Cirleia Hernandes de Souza, moradora de Guaíra-PR, enfrentou alguns desafios ao longo do caminho, sendo o maior deles a falta de apoio de sua família e amigos. “Cheguei a pesar 160 quilos, mas eu olhava no espelho e não me via gorda. Quando tive essa virada de chave e optei por fazer a bariátrica, a maioria das pessoas tentou me desmotivar”, expressa.
Entretanto, Leia, como é chamada pelos amigos, encontrou apoio mais perto do que imaginava. “Sou doméstica, e minha patroa foi a única pessoa que me incentivou desde o início. Ela me dizia ‘vai, Leia, faz a cirurgia mesmo. Cuida de você’. Meus dois filhos também me ajudaram muito, inclusive me acompanhando nos dias de consulta e reuniões nas Clínicas”, relata.
Nas Clínicas, a paciente percebeu que perder peso e cuidar da própria saúde não era difícil como as pessoas faziam parecer. “Quando cheguei aqui, eu achava que, para emagrecer, não podia comer. Achava que se eu comesse eu iria engordar, e não é nada disso. A nutri abriu minha mente. Eu passava o dia inteiro sem comer, morrendo de fome, porque achava que era assim que iria emagrecer, então a nutri me ensinou a forma certa de comer”.
Cirleia já perdeu 17 quilos, e conta que o acompanhamento psicológico foi decisivo nessa conquista. “A psicóloga me ajudou a entender como mudar meus hábitos. Hoje eu vejo a comida e entendo que não sou obrigada a comer tudo, que não é porque ela está na minha frente que eu preciso comer. Vejo a comida e sei falar não”, detalha.
Dentre as maiores mudanças na sua rotina, estão os exercícios físicos. A paciente pedala, caminha, faz academia e segue a dieta. “É como a psicóloga nos ensinou: precisamos encontrar prazer em outras atividades; e foi isso que eu fiz. Eu não fazia ideia de como é bom andar de bicicleta, e hoje vou e volto do serviço de bicicleta e adoro”.
E se a sua jornada começou solitária, hoje não é mais assim. Leia encontrou, no seu grupo, amizades que faz questão de levar a vida. “A equipe das Clínicas trata a gente super bem. Nos sentimos extremamente acolhidos, e hoje é como se nosso grupo fosse uma família. Não me sinto sozinha, porque um dá força para o outro”, conta.
Agora, o próximo passo é a cirurgia, e Cirleia se sente preparada. “As pessoas me dizem que estou magra, mas eu ainda não me vejo magra. Vejo que estou mais ágil, mais motivada, mas sei que ainda tem muito por vir. Estou muito orgulhosa de mim por ter chegado até aqui, e sei que daqui para frente ficará cada vez melhor”, conclui.
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