Acadêmicos e jornalistas discutem seu papel na construção da imagem política

Debate deu início a mais uma edição do Prêmio Mário Lemanski, organizado pelo curso de Jornalismo. Ao todo, 52 trabalhos de acadêmicos da FAG e da Univel estão concorrendo.

12/06/2008

O debate “O papel do Jornalismo na construção da imagem política” deu à largada, na noite desta quarta-feira, para o 7º Seminário de Práticas Jornalísticas da FAG e Prêmio Mário Lemanski de Jornalismo, que se estendem até sexta-feira. As discussões foram mediadas pelo jornalista Ivan Zuchi, editor-chefe da Central Gazeta de Notícias. Compuseram a mesa ainda o editor–chefe da Gazeta do Paraná, Paulo Alexandre de Oliveira, o editor–chefe do Jornal Hoje, Vanderson Pereira, o repórter do Jornal O Paraná, Luciano Barros e o diretor do Jornal O Pitoco, Jairo Eduardo Lemos.

Durante o debate, os jornalistas discutiram a influência dos meios de comunicação na construção da imagem dos políticos. Questionou-se também a prática da dependência da imprensa perante os órgãos públicos. Na opinião do jornalista Luciano Barros, o papel dos jornalistas na construção da imagem dos candidatos é determinante. “A imprensa serve tanto para a glória quanto para a bancarrota de um político”, afirmou. O editor Paulo Alexandre de Oliveira acrescentou que existem dois grandes poderes: o financeiro e o político. Diante disso, o financeiro detém o controle. “Infelizmente não temos um jornalismo independente”, ressaltou. Para ele o jornalista é capaz de expor as informações de uma forma positiva ou negativa.

Contrapondo os integrantes da mesa, o jornalista Jairo Eduardo Lemos apontou que a imprensa não tem força para tirar ou colocar ninguém no poder. “Acho que o jornalismo não contribui para o político. Já o inverso é possível; a imprensa ajuda a desconstruir a imagem, mesmo assim com ressalvas”, polemizou. Houve várias controvérsias diante dessa colocação. O editor – chefe do jornal Hoje Vanderson Pereira frisou que o jornalismo serve para os dois lados – tanto para construir tanto para desconstruir. “Nesse caso, tem que valorizar o trabalho feito corretamente”.

O coordenador do curso de Comunicação Social da FAG, professor Lucas Souza, destacou a importância de discutir o tema no meio acadêmico. “Esse ano teremos eleições, esse debate pode mostrar a percepção dos profissionais que estão na imprensa sobre o papel do jornalismo na construção da imagem política”, enfatizou.

APRESENTAÇÕES – Encerrado o debate começaram as apresentações dos trabalhos que concorrem ao Prêmio Mário Lemanski. Ao todo, 52 trabalhos de acadêmicos da FAG e da Univel estão inscritos. Concorrem produções nas categorias de Jornalismo Impresso, Fotojornalismo, Telejornalismo, Webjornalismo, Assessoria de Imprensa, Documentário, Rádio e Audiovisual. As apresentações acontecem no auditório do bloco 4, sempre a partir das 19 horas. O primeiro colocado de cada categoria, além do melhor trabalho na colocação geral, receberão, sexta-feira, o Prêmio Mario Lemanski.