Psicologia, Direito e Secretariado Executivo promovem debate sobre Caso Eloá

Acadêmicos dos três cursos estiveram reunidos na noite desta quinta-feira (30) para analisar, segundo o ponto o seu ponto de vista, o incidente que teve grande repercussão na mídia nacional.

31/10/2008

O desfecho trágico do seqüestro de Eloá Cristina Pimentel, morta após ficar por mais de 100 horas sob a mira de uma arma apontada pelo seu ex-namorado, Lindenberg Fernandes Alves, em Santo André (SP) foi o tema de um debate promovido na noite desta quinta-feira (30) por três cursos da Faculdade Assis Gurgacz (FAG).

A discussão foi acompanhada por acadêmicos do 2º período de Psicologia, 3º período de Direito e 6º período de Secretariado Executivo e teve como mediadora a professora das disciplinas de Psicanálise e Psicologia do Direito, psicóloga Julise Savalha. Fizeram parte da mesa de debate a professora de Psicologia, Nádia Coldebella e a acadêmica do 10º período do curso, Regina Cordeiro.

A professora Julise destaca que o principal foco do debate foi discutir as relações amorosas no âmbito da Psicologia. “Diante de um caso desse, que ganhou enorme repercussão em todo o país, os alunos se interessaram em buscar mais subsídios sobre o assunto. Alguns me relataram até que muitas pessoas, ao saber que eram acadêmicos de Psicologia ou do Direito, os questionavam nas ruas pedindo uma opinião. Surgiu então a necessidade de um aprofundamento em torno desta questão”, explica.

Na ocasião os acadêmicos de Direito, orientados pelo professor Carlos Alberto da Silva, apresentaram também os procedimentos legais de investigação, o encaminhamento do caso ao Poder Judiciário e as punições que o seqüestrador pode sofrer. “É muito importante esse tipo de encontro para refletir sobre algo que abalou todo um país. E a melhor forma de se entender esse incidente e tirar alguma lição dele é integrando os conhecimentos de várias áreas”, observa Nádia.

A acadêmica Regina Cordeiro entende que o Caso Eloá modificou a forma como as autoridades vêem o estudo da mente humana. “A partir dessa tragédia a Psicologia e a Psiquiatria não serão mais vistas da mesma forma. Uma medida que já está sendo tomada é a criação de um Conselho composto profissionais dessas duas áreas para auxiliar as autoridades e a população em geral a lidar com esse tipo de acontecimento”, salienta.