Pesquisa de professora da FAG identifica hábitos alimentares de jovens de Toledo

O estudo foi feito através do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e identificou hábitos alimentares escolares de adolescentes do Ensino Fundamental

08/07/2009

A pesquisa de doutorado da professora Rozane Bleil, coordenadora do curso de Nutrição da FAG, identificou hábitos alimentares escolares de adolescentes do Ensino Fundamental 1, da cidade de Toledo. O estudo foi feito através do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e a tese da professora tem como título “Estado nutricional e práticas alimentares de adolescentes matriculados em instituições públicas de ensino de município do oeste paranaense”. Rozane explica que o objetivo da pesquisa foi conhecer os hábitos alimentares e também a adesão ao programa de alimentação escolar no município de Toledo.

A partir da pesquisa de doutorado da professora Rozane, foi possível verificar menor prevalência de excesso de peso no grupo, quando comparado a outros estudos (apenas 8,4%). Em relação ao consumo de alimentar, verificou-se a baixa ingestão de alimentos fontes de cálcio e fibras e excesso de alimentos ricos em colesterol e sódio. “Com relação a adesão do grupo pela alimentação escolar, foi possível verificar que 77% dos alunos consumiam a alimentação escolar na época do estudo e 57% do grupo fazia esse consumo de quatro a cinco vezes por semana, sendo considerada um ótimo índice de adesão”, explica a professora.

A partir desses resultados, a professora ressalta que medidas educativas devem ser incorporadas ao âmbito escolar, tais como a educação nutricional, estímulo a prática de atividades físicas, melhoria no cardápio escolar e no local onde as refeições são realizadas na escola. “A indústria de alimentos também poderia contribuir, desenvolvendo produtos com menor teor de sal e gordura e com maior teor de fibras e cálcio e que sejam aceitos entre os adolescentes”, avalia a professora.

Rozane destaca que alguns resultados encontrados na pesquisa foram surpreendentes, como por exemplo a baixa prevalência de excesso de peso. “Esperava encontrar um índice mais alto de excesso de peso e também não esperava que a adesão ao programa de alimentação escolar fosse tão boa. Isso mostra que os alunos não têm preconceito com a alimentação na escola”, comenta.