Núcleo de Prática Jurídica já ajudou mais de 8 mil pessoas

No Núcleo de Prática Jurídida da FAG (NPJ), os acadêmicos do curso de Direito atendem a comunidade através de Assistência Judiciária Gratuita aos necessitados, visando a solução dos conflitos.

18/07/2011

As atividades no Núcleo são parte dos estágios curriculares obrigatórios aos quatro últimos períodos da graduação. Por semestre, uma média de 150 alunos faz estágio no Núcleo. Atualmente este número é ainda maior. São 172 futuros bacharéis em Direito.

Todo mês, cerca de 50 casos judiciais chegam ao NPJ. E entre nomeações, atendimentos da área cível, familiar e penal, somam-se mais de 8 mil casos já atendidos por acadêmicos desde que o Núcleo entrou em funcionamento, em 2005. O grande número representa um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos acadêmicos. Muitas vezes, os próprios juízes e promotores acabam indicando o NPJ para as pessoas que necessitam de atendimento gratuito, por não terem condições de pagar os honorários de um advogado para defender suas causas. Em Cascavel, a defensoria gratuita acaba sendo prestada pelos Núcleos de Práticas Jurídicas. “Estamos próximos ao Fórum, o que favorece ainda mais a procura pelos serviços. Os atendimentos são feitos com senha, pois temos muita demanda”, explica a coordenadora do NPJ e coordenadora do curso de Direito, professora Viviana Bianconi.

As pessoas que procuram o NPJ têm todo o apoio tanto para a parte jurídica como psicológica. A acadêmica do 7º período, Josiani Aline Muller, está no Núcleo há quatro meses e diz estar admirada com o trabalho social que lá é desenvolvido. “A FAG e também nós, através do Núcleo, fazemos um papel de extrema importância para a sociedade carente, que se sente muito bem em ver que estamos ali preocupados e dispostos a resolver os problemas deles”, argumenta Josiani.

Os casos mais comuns atendidos pelo Núcleo são relacionados a ação de alimentos, ou seja, pensão alimentícia, e divórcios. Para a coordenadora do NPJ, professora Viviana, a experiência às vezes é um choque para o acadêmico, mas ajuda também como lição de vida. “É importante para mostrar ao aluno que existe uma outra realidade social, de pessoas que estão dependendo do teu trabalho”, explica. A acadêmica Josiani concorda e enaltece a oportunidade de contribuir para a própria formação e ao mesmo tempo, ajudar o próximo. “É gratificante para nós como profissionais e como seres humanos”, opina a acadêmica. Segundo a coordenadora, a maioria das ações já atendidas pelo Núcleo teve desfecho favorável. “Todas as ações que propomos, procuramos atender da melhor maneira possível. Podemos dizer que a atividade de assistência judiciária que prestamos é realizada com presteza e sucesso.”

Existem algumas áreas do Direito que o aluno acaba estudando na faculdade ao mesmo tempo que já executa na prática no NPJ, o que estimula ainda mais o envolvimento do acadêmico com a causa. A acadêmica do 9º período de Direito, Luciana Mara Provin Frias, que está no 3º semestre de estágio, reconhece que é no atendimento, nas idas ao Fórum, que acaba percebendo o que realmente é a atividade de advogar. “No contato com os assistidos, a gente se sente como profissional mesmo, quer resolver o problema da melhor maneira e o quanto antes”, pontua.

Viviana ressalta que este é um momento em que muitos alunos de Direito sonham com o concurso público pela estabilidade, porém, no NPJ existe a oportunidade de mostrar para o acadêmico o quanto a área da advocacia é importante. “Como bacharéis em Direito, advogados, eles serão doutores da lei, e podem muito com isso, devem valorizar a própria profissão”, ressalta.

O Núcleo de Prática Jurídica atende de segunda à sexta-feira, das 8h30min às 11h30 e das 13h30min às 17h30min.