Começam as aulas de Língua Portuguesa para os haitianos

Nesta primeira semana, eles serão avaliados, para, a partir da próxima, serem divididos em duas turmas mais homogêneas.

02/04/2012

Começaram, há pouco, as aulas de Português, oferecidas pela FAG e pela Prefeitura de Cascavel, para os haitianos que estão trabalhando nas obras da Faculdade e do São Lucas. As atividades, comandadas por professores do Centro Educacional Paulo Freire, da Secretaria Municipal de Educação, buscam oferecer aos participantes a possibilidade de inserção social, através do domínio da língua.

Os haitianos passarão por todo o trabalho de alfabetização na Língua Portuguesa. Como alguns já são graduados e outros sequer sabem ler e escrever no creole, língua nativa do Haiti, eles serão separados em duas turmas, conforme avaliação, que será realizada durante esta semana, quanto ao nível de instrução de cada um. As aulas seguem acontecendo de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h, nas salas 13 e 14 do Ginásio da Faculdade.

Chegados a Cascavel ainda no fim de janeiro, os haitianos já estão tendo uma vida social como a de qualquer cidadão cascavelense. O que ainda dificulta essa inserção deles na comunidade é mesmo a língua. Desta forma, Matin Wikendi, um dos que já consegue lidar com o português e que tem um dicionário como seu grande parceiro, confessa a expectativa em relação ao curso. “Quero aprender novas palavras para fazer mais amigos brasileiros”, conta ele, que é um dos ajudantes dos professores no processo de tradução no decorrer das aulas.

O professor Neonildo Martins ficará como responsável por uma das turmas e reconhece o desafio que tem pela frente. “Este primeiro contato é difícil, por conta da língua e do contexto, que não é o mesmo em relação a algumas coisas nossas. Mas, vamos superando essas barreiras com o tempo”, ressalta ele. Neste sentido, a coordenadora da Ação Social FAG, Salete Chrun, avalia que os trabalhos são, também, um processo de aprendizagem para os professores envolvidos. “Estas dificuldades iniciais são naturais, mas temos que estar preparados para lidar com as diversidades e temos aí uma oportunidade”, conclui.