Leão do Zoológico passa por cirurgia no Hospital Veterinário FAG

Leão tinha inflamação em pata dianteira e passou por cirurgia. Lesão pode ter sido ocasionada por corte incorreto das garras.

13/04/2012

Hoje pela manhã, o Hospital Veterinário FAG recebeu um leão vindo do Zoológico de Cascavel. Com aproximadamente 12 anos e cerca de 200 quilos, Gaúcho, como é chamado, já chegou adulto no zoológico, em 2007, e vinha apresentando algumas lesões nas patas dianteiras. De acordo com o médico veterinário do zoológico, Luis Eduardo da Silveira Delgado, ele veio de um circo. “Provavelmente, no circo, eles cortaram as garras do leão e esse procedimento foi feito de maneira incorreta, o que ocasionou uma inflamação”, relata Luis. Segundo o diretor clínico do hospital, Renne Gomiero, quando são cortadas as garras do animal, é necessário tirar junto a chamada terceira falange, ou seja, a última parte do dedo, e este procedimento não foi feito em Gaúcho.

Quando chegou ao hospital, o leão passou por radiografias, que constataram a inflamação óssea em vários dedos da pata esquerda dianteira, um deles com mais gravidade. Por esse motivo, Gaúcho necessitou de uma cirurgia de amputação. “No decorrer do procedimento é que vamos saber se será necessário amputar apenas a primeira parte ou o restante também”, explica Renne, salientando que, hoje, só será operado o dedo mais grave do leão, mas, provavelmente, o animal voltará ao hospital para tratar os demais dedos.

A cirurgia, segundo o médico, é simples, porém, por se tratar de um leão, necessita de cuidados. No período da tarde, Gaúcho retorna para o Zoológico. “Ele pode sentir dor e se incomodar com ela e, com isso, acabar se automutilando, abrindo novamente a ferida. Por isso, ele precisa ser medicado, para que não se incomode a esse ponto”, observa Renne.

Bastante decisivo no cuidado com o leão, o Raio-X Digital, adquirido na última semana pelo Hospital Veterinário FAG, minimizou o sofrimento do animal. “Com o raio-X convencional teríamos que aguardar cerca de 40 minutos, quase uma hora para conseguir analisar o caso. Com o digital, em 5 minutos conseguimos detectar o problema. Isso ajuda o animal, porque diminui o tempo que ele necessita ficar anestesiado”, comenta o médico veterinário Felippe Azzolini.