Comunicação lança revista cultural

Depois de lançar uma revista científica virtual, o curso de Comunicação Social da FAG – Jornalismo e Publicidade e Propaganda – desta vez surpreendeu com a publicação da Revista Verbo.

16/06/2005

Depois de lançar uma revista científica virtual, o curso de Comunicação Social da FAG – Jornalismo e Publicidade e Propaganda – desta vez surpreendeu com a publicação da Revista Verbo, lançada oficialmente na última quarta-feira, durante o encerramento do 3º Seminário de Práticas da Comunicação Jornalística. A revista foi produzida através de uma parceria inédita entre o curso e a Sintagma Editores, empresa paulistana que há 10 anos atua no mercado editorial e especializada em revistas científicas para universidades e publicações apoiadas por leis de incentivo à cultura.

A publicação, que trata de comunicação e cultura, foi inteiramente produzida por acadêmicos da FAG, orientados por seus professores. Os textos da revista são de autoria dos acadêmicos do 5º período do curso de Jornalismo. Já o projeto gráfico, o design e o trabalho de marketing da publicação ficaram sob responsabilidade dos acadêmicos de Publicidade e Propaganda.

Na primeira edição, a Verbo demarca seu território e mostra que o melhor caminho para os futuros jornalistas e publicitários se destacarem no mercado é o investimento num repertório cultural amplo. "Verbo é o lugar da pluralidade dos olhares, exatamente como deve ser a universidade. Experimentar, ter acesso às discussões que acontecem nos grandes centros, ter mais uma ferramenta para pesquisa e, principalmente, tornar Cascavel conhecida como pólo produtor de conhecimento também são objetivos da equipe", aponta o editor da revista e coordenador do curso de Publicidade e Propaganda, professor Hertz Wendel de Camargo.

A Verbo, voltada não só para o público local, é a primeira revista cultural de Cascavel dirigida aos principais centros acadêmicos, de comunicação, artes e linguagens do país. A revista terá como parceiros as maiores universidades do país como Unicamp, USP, Unesp, Cásper Líbero e FAAP. "Experimentar, ter acesso às discussões que acontecem nos grandes centros, ter mais uma ferramenta para pesquisa e, principalmente, tornar Cascavel conhecida como pólo produtor de conhecimento também são objetivos da equipe", ressalta o editor.

BASTIDORES - Todos os alunos do 5º semestre de Jornalismo e uma equipe formada por alunos do 1º , 3º, 4º, 5º e 7º semestres de Publicidade, além de professores, formam a equipe de produção da Verbo. A maior dificuldade durante o processo de produção, segundo a equipe, foi escolher os temas que normalmente são pouco abordados nas publicações locais. Filmes, diretores e autores incomuns foram escolhidos para serem analisados e reportados pelos alunos. "Foi uma pesquisa interessante, pois tivemos que assistir a muitos filmes e ler muitos livros para entender as obras e traduzi-las numa linguagem mais objetiva, jornalística e ao mesmo tempo criativa", comenta a acadêmica Érika Okasaki, que escreveu sobre literatura japonesa. Para o acadêmico Luiz Carlos Cadini, a produção fotográfica para a revista foi mais elaborada, planejada, já que não segue o mesmo ritmo de um jornal. "O fotojornalismo na Verbo, ao contrário da regra geral, é subjetivo, procura encontrar outras formas de interpretação, tem um outro tempo", explica.

A acadêmica Graciely de Paula Oliveira diz que o uso de imagens que não as fotográficas é interessante porque percebe-se que as imagens medievais ou renascentistas também eram uma forma de registro social e de informação. "Elas eram as principais mídias na época", destaca. Dangela Perufo, Pamela Zanatta, Gabriella Pilar e Luiz Bendotti, todos acadêmicos de Publicidade, dizem que a experiência de participar do planejamento da revista ampliou a visão sobre as relações possíveis entre o marketing, a publicidade e os produtos culturais.

Das entrevistas aos artigos, a revista mostra que Cascavel possui as mesmas inquietações dos centros ditos "mais" avançados acadêmica e intelectualmente. "A Verbo veio tratar de coisas profundas de forma simples sem a "veracidade" cáustica e claustrofóbica da linguagem científica, trazendo à luz aquilo que é bom, mas que não é massificado pela mídia nem pela própria cultura acadêmica, buscando quebrar padrões da comunicação", resume o editor, Hertz Wendel de Camargo.