Letras - Libras está promovendo curso gratuito

O curso de Letras – Língua Portuguesa e Libras, da Faculdade Sul Brasil (Fasul), está promovendo o curso gratuito de Libras Básico para os professores da Educação Básica e comunidade em geral.

A primeira turma do curso iniciou as atividades no dia 28 de março e outras três turmas deram início ao curso no dia 11 de março. Os participantes são professores, acadêmicos de Letras e Pedagogia, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Puc), profissionais da empresa Carlu, Prati Donaduzzi, dentre outras instituições.

O curso tem 32 horas de duração e tem como objetivo proporcionar à comunidade interna e externa da instituição conhecimentos básicos da estrutura gramatical da Língua Brasileira de Sinais (Libras), informações e práticas necessárias para se comunicar com as pessoas surdas usuárias desta língua. Segundo a coordenadora do curso, Janice Salvador, ao final do curso, os participantes deverão posicionar-se, movimentar-se, configurar e expressar os sinais correspondentes a Libras. “É importante que o aluno torne possível a comunicação básica contextualizada entre surdos e ouvintes no convívio social, promovendo a compreensão da Libras, assim como, da cultura e identidade da pessoa surda”, explicou.

A Libras é a língua de sinais brasileira, natural (Lei 10.436/02), que flui da necessidade de comunicação entre as pessoas que utilizam esta modalidade gestual-visual para se comunicar, que em sua maioria são pessoas surdas e deficientes auditivos. “Contribuir para superar a distância que se produziu historicamente entre os surdos considerados ‘os deficientes’ e os ouvintes considerados ‘os normais’, sem fazer com que sua maneira diferente de comunicação, ou que seu domínio linguístico-cultural se torne um mundo ou uma sociedade à parte é o que norteia esta iniciativa”, enfatizou.

O curso vai atender de forma prática e contextualizada a comunidade externa e ao final, os participantes poderão dominar uma comunicação básica em libras (alfabeto manual, numerais e sinais necessários a uma comunicação emergencial). “Os estudantes da língua vão subsidiar os profissionais já existentes ou tornar-se-ão novos profissionais para atender as exigências das demandas do processo de inclusão tanto na área da educação quanto profissional. Espero que esse projeto com o enfoque que pretendemos, possa vir a somar-se aos estudos já existentes na pretensão de concretizar, cada vez mais, as práticas de respeito e de igualdade à diferença, conforme a Constituição brasileira”, concluí Janice.