RCP: Acadêmicos de Medicina treinam mais de 300 pessoas em ação no Shopping JL
Os alunos ensinaram como detectar uma parada cardiorrespiratória e como fazer uma reanimação cardiopulmonar
No último fim de semana, quem passou pelo Cascavel JL Shopping teve a oportunidade de aprender a salvar vidas. A LACCOP (Liga Acadêmica de Ciências Cardiovasculares do Oeste do Paraná), que é integrada por acadêmicos de Medicina do Centro Universitário FAG e da Unioeste esteve no local com o projeto "Emergência Cardiovascular - Ensinando a Salvar Vidas". A atividade tem como objetivo ensinar a população em geral a identificar uma parada cardiorrespiratória e levar ao público leigo a capacitação adequada para a realização do conjunto de manobras para reanimação cardiopulmonar. A ação aconteceu também em alusão ao Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar, celebrado no dia 26 de agosto.
Aproximadamente 90% das vítimas de paradas cardiorrespiratórias vão a óbito antes de chegarem a uma unidade de saúde. A cada minuto que o coração está parado a perda celular é de cerca de 10%, ou seja, uma reanimação que demora para ser feita pode deixar sequelas irreversíveis ou ser em vão, pois a vida pode ser perdida. Sendo assim, os acadêmicos de Medicina escolheram locais de grande circulação de pessoas para disseminar a informação e as orientações. "A ideia foi preparar as pessoas leigas para que elas saibam o que fazer antes que o suporte de emergência chegue. O intervalo entre a parada e o atendimento especializado é vital. É preciso ter o reflexo para fazer o socorro sem os equipamentos, apenas com as próprias mãos", defenda a acadêmica de Medicina do Centro FAG, Patrícia Freitag.
O principal objetivo da reanimação é prover o paciente de circulação artificial de sangue, principalmente para cérebro e coração. O foco está na compressão, com a massagem cardíaca. A respiração boca-boca já não é mais essencial, de acordo com o protocolo padrão no mundo. Os acadêmicos testaram antes do treinamento, a partir de um questionário, o que os participantes sabiam sobre a técnica. Depois passavam à etapa prática. No meio do passeio, a pequena Caroline Florence Kreuz, de 9 anos, fez questão de participar do treinamento. "É importante aprender porque um dia eu posso salvar vidas com essa técnica", conta. "Ela já tinha algumas informações da escola sobre primeiros-socorros e quando viu a ação aqui logo se interessou", complementa Sandra Kreuz, mãe da menina.
Ao todo, passaram pela experiência 350 pessoas. O trabalho foi executado pelos próprios acadêmicos com a supervisão dos professores. "Foi muito gratificante. Saímos de lá com o sentimento de missão cumprida, visto que conseguimos transmitir a importância de saber reconhecer e manejar uma parada cardíaca, bem como treiná-los de forma adequada, tornando todos capazes de realizar manobras de reanimação com altíssima qualidade e, assim, preparados para salvar vidas", enfatiza a acadêmica, Laura Flores. "Em outros países, esse tipo de treinamento é feito com as crianças desde a escola. A nossa ideia é continuar treinando em massa, pois já está comprovada a importância desse pré-atendimento, enquanto a equipe de socorristas corre contra o tempo", complementa um dos professores que orientam a atividade, Rodrigo Nicácio Santacruz.
A formação do público leigo vai acontecer até o mês de novembro em instituições de ensino, locais públicos e eventos.
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