Alexander Loiola é o grande campeão do 3º Triathlon Eco Cascavel
O evento é uma parceria entre o Centro Universitário FAG e o 4º Grupamento de Bombeiros
O primeiro dia com o horário de verão foi um desafio a mais para os competidores. O céu nublado permaneceu na maior parte da prova, mesmo assim, não ofuscou o brilho do Lago Municipal de Cascavel, cartão-postal da cidade e palco da 3ª edição do Triathlon Eco Cascavel. O evento promovido em uma parceria entre o 4º Grupamento de Bombeiros e o Centro Universitário FAG reuniu mais de 200 atletas para nadar, pedalar e correr. Eles vieram de estados como Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, de países vizinhos como Paraguai e Argentina e, é claro, vários eram paranaenses.
Os atletas competiram no individual, nas categorias Speed Masculina e Feminina e Mountain Bike Masculina e Feminina, e no revezamento, composto por três atletas. A Mountain Bike, desta vez, contou com muita lama e obstáculos, já que o circuito foi cross, em meio à trilha do Lago. Amanda Reginatto veio de Chapecó e participou pela segunda vez do evento. "Claro, a gente fica muito nervoso, o que é normal para uma prova como essa, mas estou muito feliz. É uma emoção muito grande e dessa vez vou fazer o mountain bike, e a expectativa é maior ainda, pois não conheço o percurso e estou bem curiosa", adiantou.
A prova começou às 8h deste domingo (15). O primeiro desafio foi a natação. Cerca de 750 metros dentro do Lago Municipal foram atravessados pelos competidores com braçadas, em ritmo forte. Na sequência, foi a vez de pegar as bicicletas na área de transição. Na bike, eles seguiram pela Avenida Rocha Pombo, passaram pela Rua Waldemar Casagrande, acessaram a marginal da BR-277 (sentido Atacado Liderança), fizeram o retorno, desceram pela marginal até o segundo acesso da rodovia, fizeram o retorno novamente e voltaram pela Waldemar Casagrande para recomeçar o percurso. Foram quatro voltas. Na área de transição, deixaram a bicicleta e seguiram para o trecho final da prova: a corrida, feita na pista do próprio Lago.
Além da prova ter sido uma etapa do Campeonato Paranaense de Triathlon, a grande novidade deste ano foi a categoria "Elite", em que seis atletas competiram separados do Age Group. Atletas gabaritados e com currículo longo no Triathlon abrilhantaram a prova: Alexander Loiola Gomes "Balmam", Paulo Fretes Cabrera, Francisco Viana, Bruno Pereira Matheus, Frederico Monteiro e Gabriel Cardoso Carvalho. Mesmo tendo saído da água em terceiro lugar e finalizado o ciclismo correndo, já que o pneu da bicicleta furou, Alexander Loiola Gomes "Balmam" se sagrou campeão, além de ter batido o recorde da prova, completando-a em 1 hora 02 minutos e 30 segundos. Ele é de Curitiba, tem 40 anos de idade e há 23 pratica Triathlon. No currículo, ele tem um tricampeonato brasileiro de Duathlon, vice-campeonato sul-americano e pan-americano de Duathlon, primeiro lugar no Escape To Miami (2015) e primeiro lugar no TH3 Triathlon (2015) e, agora, na primeira participação, campeão do Triathlon Eco Cascavel. "Eu vim buscando um bom resultado. Tive um pequeno azar no final do ciclismo, mas graças a Deus ainda consegui entregar a bicicleta e correr na frente", comemora o campeão.
Em segundo ficou Francisco Viana, londrinense que havia conquistado o primeiro lugar em 2015 e o segundo em 2016. Completaram o pódio: Bruno Pereira Matheus, Frederico Monteiro e Gabriel Cardoso Carvalho.
No Age Group, categoria Speed Masculino, o campeão foi Robson Ferreira Alves. No Speed Feminino, deu Aniele Mariano. No Mountain Bike Masculino, o primeiro lugar ficou com Thiago Acorsi Rodrigues. No feminino, a primeira colocação foi de Melania Giraldi. E no revezamento, Carolina, Tiago e Estyverson ficou no lugar mais alto do pódio. Além deles, foram conhecidos os campeões por idades. Os vencedores receberam medalhas, troféus e premiação em dinheiro.
Houve quem não subiu ao pódio, mas que conseguir arrancar muitos aplausos. A participação do Team Neves rendeu cenas emocionantes em mais um Triathlon Eco Cascavel. O pai, José Rosa das Neves, e seu filho Elkier, que já tinham participado da prova em 2015, retornaram em 2017. Elkier tem 24 anos, mas por conta dos efeitos da mielomeningocele, seu corpo tem o tamanho do de uma criança. A doença afeta a coluna, os braços, as pernas, a fala, a respiração, o cérebro, o que faz o jovem ser totalmente dependente. Em 2013, o pai então decidiu começar a levar o filho para as competições. No caso do triathlon, no percurso na água, Elkier participa em um pequeno bote. Já no ciclismo e na corrida o pai o leva o tempo todo em um carrinho adaptado. "Fiz a parte da natação às cegas, foi muito difícil. Na volta do ciclismo me senti um pouco cansado, já na corrida foi fácil. É sempre um momento de superação pra gente, uma barreira que a gente contorna e o carinho da galera é uma motivação pra gente", ressalta das Neves.
Com o pódio formado, aos organizadores coube comemorar o saldo positivo. "O evento é um fruto dessa brilhante parceria, e o resultado está aí: os atletas vibrando e participando de uma prova incrível", disse o Comandante do 4º Grupamento de Bombeiros, Tenente Coronel Fernando Raimundo Schunig. "O Eco foi mais um sucesso, o tempo colaborou, não choveu. A gente acompanha o feedback do pessoal da Elite, que esse ano foi uma novidade, e foi extremante positivo. Eles falaram que nossa prova tem um estilo de prova internacional, acho que um pouco pelo lugar - o Lago é lindo e único no Brasil. Então para essa prova é um presente para o Triathlon. Queremos que cresça cada vez mais e mais atletas desfrutem disso", colabora o Diretor de Arte da House FAG, membro da comissão organizadora e também competidor, Mark Reginatto.
2025 Cascavel
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