Thomas Eckschmidt detalha o tema Capitalismo Consciente para plateia do ECCI
Citando como exemplo o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, ele afirma que os novos empresários têm tido um novo modo de atuação, já que têm devolvido à sociedade antes de acumular
Parece algo completamente oposto, porém, o palestrante da segunda noite da 15ª edição do ECCI (Encontro Científico Cultural Interinstitucional) do Centro Universitário FAG e da Faculdade Dom Bosco, Thomas Eckschmidt, provou que as palavras Capitalismo e Consciente podem ocupar o mesmo espaço. Tendo como tema da palestra o Capitalismo Consciente, ele defendeu que, a partir desse conceito, os negócios não se restringem apenas à geração de lucro, renda e empregos, mas também a valores de bem-estar sociais.
Eckschmidt é empreendedor e inovador, possui mais de 10 prêmios em sua carreira, publicou mais de sete livros, além de ser palestrante internacional. Engenheiro formado pela PUC São Paulo, com MBA na Business School São Paulo. Atualmente é Diretor Geral do Instituto do Capitalismo Consciente, CEO da startup ResolvJa.com.br e mediador da Câmara Latino-americana de Mediação e Arbitragem. Ele começou a palestra traçando as fortes mudanças vividas nos dois últimos séculos na sociedade. "A gente saiu de um mundo muito pequeno, com 1 bilhão de habitantes, as pessoas eram muito pobres, a renda média per capita era de 200 dólares, além de serem doentes, morria todo mundo com uma média de 30 anos de idade. Hoje, somos mais de 7 bilhões de pessoas, com uma renda per capita média de 7 mil dólares e com uma expectativa de vida de mais de 70 anos. Isso foi graças ao capitalismo, graças à revolução industrial e a esses movimentos, que permitiram que as pessoas com seus talentos pudessem criar e atender uma demanda da sociedade em conjunto", expôs.
Segundo ele, a maior invenção da humanidade foi a pessoa jurídica. "Foi incrível as pessoas se juntarem e unirem os talentos e, ao invés de produzir apenas para subsistir, produzir um excedente e trocar com outras pessoas, produzir para a comunidade, para a sociedade. Hoje, uma empresa que não gera lucro é uma irresponsabilidade social, porque ela coloca em risco toda a cadeia, os funcionários, os fornecedores, os clientes, o governo, as atividades filantrópicas. Então, esse olhar do que você faz com o lucro é que faz a diferença, e de quanto você precisa acumular", continua.
Citando como exemplo o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, ele afirma que os novos empresários têm tido um novo modo de atuação, já que têm devolvido à sociedade antes de acumular, diferente do que acontecia há décadas. "É o perfil de uma nova geração que está buscando a causa, a origem do motivo de empreender, não simplesmente para ganhar mais dinheiro, mas para mudar o mundo, para mudar o seu entorno, para impactar a sua comunidade", exalta.
De acordo com Eckschmidt, o Capitalismo Consciente tem a função de encantar esse jovem, como os acadêmicos em formação que assistiram à palestra. "O jovem precisa conhecer esse movimento, esses princípios, para entender como empreender, para compreender que dá para mudar o mundo, entender que o objetivo de juntar talentos complementares é para alavancar possibilidades e criar soluções para um mundo melhor. Hoje em dia, pouquíssimas pessoas começam um negócio para ganhar muito dinheiro. Elas começam um negócio porque estão insatisfeitas com o serviço, inquietas com alguma situação e começam esse negócio para solucionar esses conflitos", finaliza.
Fotos: Carina Yano e Edison Lucas
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