Encontro sobre Moagem de trigo reuniu moleiros brasileiros e alemães na FAG
Evento organizado pelo Projeto Trigo visa promover o intercâmbio entre profissionais dos dois países
Representantes de 41 moinhos brasileiros e 30 donos de moinhos alemães estiveram ontem (27), na Faculdade Assis Gurgacz, para Encontro sobre Moagem de trigo. O evento aconteceu no Auditório do Bloco I e contou com a presença de autoridades dos dois países, o presidente da FAG e Senador, Sr. Assis Gurgacz; Diretor Acadêmico da FAG, professor Afonso Cavalheiro Neto, Diretor Geral da FAG, professor Sérgio de Angelis; Diretor presidente da Coopavel, Sr. Dilvo Grolli, representante da Associação Brasileira de Indústrias de Trigo (Abitrigo), Sr. Acir Martins da Silva, representante do Sindicato dos Moinhos do Paraná, Sr. Gerson Muller; Diretor da Escola de Moagem de Trigo de Hoppenlau, na Alemanha, Sr. Andreas Baitinger e representante da Associação de Moinhos da Alemanha, Sr. Josef Rampl.
O evento, organizado pelo Projeto Trigo, promoveu o intercâmbio entre moleiros dos dois países. Segundo o coordenador do curso de Tecnologia em Alimentos da FAG e do Projeto Trigo, professor Dermânio Tadeu Lima Ferreira, o evento foi muito importante porque o Projeto precisa trazer tecnologia, conhecimento e prática. E Alemanha e a França são os países aonde começou há 1.000 anos todo o processo de moagem. "A experiência de vida desses donos de moinhos é muito importante para nós, porque eles têm toda essa vivência da moagem, dos problemas, do mercado, e isso está faltando para os donos de moinhos do Brasil. Para podermos avançar mais ainda na questão de qualidade e eficiência", destaca.
De acordo com o professor Tadeu, o Encontro de Moagem de trigo é fruto de uma parceria que acontece há três anos. Já foram realizados vários módulos internacionais do curso de Moagem de Trigo, com professores alemães. Vários alunos estrangeiros também fizeram intercâmbio no Projeto da FAG.
O dia foi marcado por homenagens e palestras. Na abertura aconteceu a entrega de placas de agradecimento aos parceiros e integrantes do Projeto Trigo e após foram realizadas apresentações e debates com técnicos de moinhos do Brasil e da Alemanha. Ministradas ora em língua portuguesa ora em alemã, as palestras contaram com a participação da intérprete Anke Schuttel, responsável por manter a interação entre os participantes.
Para Gerson Muller, representante do Sindicato dos Moinhos do Paraná e proprietário do Moinho Filadélfia de Cascavel, o encontro foi muito enriquecedor, porque, segundo ele, são experiências de escolas diferentes, com matérias-primas diferentes. "Eles têm uma tradição muito maior que a nossa nesse mercado. Então, é muito importante a gente saber as dificuldades que eles tiveram, porque estamos começando nisso. Foi excepcional esse contato e essa troca de experiências", afirma.
O representante da Associação de Moinhos da Alemanha, Josef Rampl, compartilha da mesma opinião. Ele destacou o debate realizado ao final como uma prova de que o encontro foi bem sucedido. "Houve interesse de ambas as partes e a troca de informações foi muito produtiva. Além da perspectiva, a partir disso, de estendermos essa cooperação e essa troca de experiências para o futuro", ressaltou.
Josef afirmou também que ficou impressionado com a forma como o trigo é produzido e cultivado no Brasil, os métodos de desinfestação e os resultados das pesquisas. "Outro ponto muito interessante também foi ficarmos sabendo do potencial de produção que ainda existe no Brasil, que é possível dobrar a produção, e o quanto isso pode ser interessante para a nossa cooperação".
Durante o encontro, o professor Tadeu também trouxe uma novidade. Está em fase de negociação uma parceria entre a FAG e Bunge - uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil e do mundo - para equipar um moinho escola nas dependências da Faculdade. "Assim que for assinada a proposta, os equipamentos desse moinho da Bunge serão desmontados em Joinville e virão para Cascavel. Aí começa a reforma de alguns equipamentos, mas isso vai ser a baixo custo. Nós esperamos negociar com a FAG a possibilidade de construção do prédio do moinho e logo em seguida a montagem de todo esse equipamento. Isso agrega muito para o Brasil, para América do Sul, porque vai ser o único moinho escola. É isso que nós apostamos e acreditamos há 12 anos", finaliza.
PROJETO TRIGO
Iniciado em 2002, o Projeto Trigo surgiu com o objetivo de fortalecer Cascavel como polo na moagem. O projeto reúne moinhos de todo o Brasil e disponibiliza cursos, intercâmbios e formação aos parceiros.
2025 Cascavel
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2025 Toledo
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