Arquitetura da FAG restaura altar da Igreja do Lago

Sob a supervisão da professora Sandra Magda Mattei Cardoso, alunos desenvolvem trabalho de Técnicas Retrospectivas

24/08/2015


O trabalho iniciou em 2006, quando o curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG firmou convênio com Secretaria Municipal da Cultura de Cascavel para a restauração do altar da Igreja do Lago. A ação tem grande valor histórico e cultural, extrapolando a possibilidade de os alunos exercitarem técnicas retrospectivas. Ou seja, os alunos estão aprendendo e, além disso, contribuindo para a preservação de um patrimônio do município.

O altar da Igreja do Lago foi construído para integrar o espaço da Igreja Nossa Senhora de Fátima que se localizava, na época, no distrito São João D'Oeste. A obra foi uma das primeiras edificações de Cascavel, inaugurada em 1960, pelo então arcebispo de Toledo, Dom Armando Círio.  Em 1987, por iniciativa do prefeito Tolentino, a Igreja foi transferida para o Parque Ecológico Paulo Gorski. A transferência gerou um processo detalhado de recuperação para preservação do estilo singular. Reinaugurada em 1993, transformou-se em patrimônio histórico e artístico cultural.

A ação do tempo trouxe alguns prejuízos ao altar da Igreja, que acabou tomado por cupins. Os problemas começaram a ser solucionados em 2006 pelo curso de Arquitetura da FAG e, ao que tudo indica, no ano que vem os cascavelenses poderão ver reproduzido aquele mesmo altar de 1960.

A professora Sandra Magda Mattei Cardoso, na disciplina de Técnicas Retrospectivas, envolveu os alunos do 7º período na ação de restauro e também conta com o apoio de um aluno do 8º período, através de Projeto de Extensão. Para ela, esse trabalho oportuniza ao aluno ver a diferença entre os projetos de arquitetura e de restauro. "O processo começa pela postura do arquiteto frente a estes projetos, e principalmente na fase inicial dos mesmos. Enquanto no projeto de arquitetura a criação do arquiteto é livre, podendo projetar segundo sua imaginação, deixar a marca da sua obra, tendo como parâmetros o programa e a legislação referente a índices urbanísticos, no projeto de restauro o edifício já existe e possui um valor que se sobressai a qualquer outra atitude. É o edifício que deve prevalecer, não o artista (arquiteto)", destaca.

A ação de restauro vai além de colocar em melhor estado ou fazer reparos, deve proporcionar um novo início, um "começar mais uma vez" para o edifício ou peça a ser restaurado. E é esse processo que vem sendo realizado no Laboratório de Técnicas Retrospectivas, através de um projeto que envolve levantamentos, pesquisas e planejamento. "Tudo começa com o levantamento histórico, com a declaração de significância do bem, que é um documento que visa alertar para a importância do bem patrimonial em seu contexto histórico, artístico e cultural. Busca apontar diante do levantamento de informações documentais, relatos orais e imagens a trajetória pela qual o bem passou e que revelam seu valor intrínseco e a permanência de sua autenticidade. Funciona como uma justificativa do valor do objeto para a história e cultura local o que reforça a necessidade de sua proteção e conservação", explica a professora.

Em seguida, segundo Sandra, é feito o levantamento métrico que serve como documento para a intervenção e restauração, registrando graficamente a edificação em todos os seus elementos e características arquitetônicas. "Nesse estudo, trabalhou-se a partir de fotografias digitais atuais. As fotos foram escaladas a partir de medições feitas no objeto, desenhando todos os elementos principais e detalhes do objeto em vistas - superior frontal, posterior, laterais e cortes. As dimensões foram ajustadas as do levantamento in loco", esclarece.

Neste momento do trabalho, o altar encontra-se fragmentado, ou seja, suas peças estão desmontadas e como possuíam lacunas somente uma ação de restauro poderia resgatar sua integridade, "diferentemente de um projeto de reforma, que implica modificações das características arquitetônicas, o projeto de restauração propõe soluções que se harmonizam à configuração físico-espacial do bem e que não alteram a sua concepção original", aponta a professora Sandra.

Os alunos estão colocando a mão na massa, com lixamento, enxerto e pintura do altar, tudo para que o passado e o presente possam se encontrar na obra. É o altar de 1960 "ganhando vida" em 2016.

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