Cacique Suruí palestra no Centro Universitário FAG
Durante a tarde, Almír Narayamoga Suruí se encontrou com o Reitor e a Pró-Reitora Administrativa e a noite palestrou para acadêmicos
O Centro Universitário FAG recebeu ontem (07) a visita do Cacique Almír Narayamoga Suruí, que pertence à tribo Suruí, localizada na Terra Indígena Sete de Setembro, no sudeste de Rondônia e noroeste de Mato Grosso.
O líder indígena foi recebido pelo Reitor Assis Gurgacz, pela Pró-Reitora Administrativa Jaqueline Gurgacz Ferreira e pelo coordenador do Curso de Tecnologia em Alimentos e professor do curso de Agronomia professor Dermânio Tadeu.
No período noturno, o Cacique Almír falou aos acadêmicos de Agronomia e Tecnologia em Alimentos sobre dois projetos: o Carbono Suruí e a Agricultura Sustentável. Segundo ele, o Projeto Carbono florestal Suruí, diz respeito ao plano de 50 anos dos Paiter Surui. "O Plano de 50 anos é uma estratégia técnica e política de gestão e de utilização sustentável da Terra Indígena Sete Setembro do Povo Paiter Surui, e os principais projetos do plano 50 anos se inserem em quatro eixos temáticos: Meio Ambiente, Cultura, Segurança Alimentar e Produção Sustentável e Fortalecimento do Sistema de Governança. Dentro desses eixos temáticos há a implementação de vários projetos: Reflorestamento, Carbono Florestal, Proteção Territorial, Piscicultura, Valorização da Cultura, Artesanato das Mulheres Paiter Surui, Projeto de Castanha-do-Brasil, Fortalecimento das Associações e de apoio à agricultura", explica o Cacique.
SOBRE O CACIQUE ALMIR SURUÍ
Almir Suruí é referência de liderança indígena, em Rondônia. Viaja pelo mundo inteiro para divulgar o desenvolvimento sustentável e foi eleito 53º colocado no ranking das 100 pessoas mais criativas do mundo pela revista Fast Company. Ganhou o prêmio Direitos Humanos pelo Governo Federal e recebeu o título de 'Herói da Floresta', pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Almir lançou no final de março do ano passado, em Paris, o livro 'Salve o Planeta: a mensagem de um cacique da Amazônia'. Na obra, o líder indígena fala da própria trajetória e do povo Suruí. Almir é das pessoas que defendem a ideia de menos discurso e mais ações. Partiu dele a ideia de procurar a Google Earth, nos Estados Unidos, para divulgar e preservar a cultura Paiter Suruí através da Internet.
Ele tornou-se Líder Maior do Povo Paiter Suruí em 2010. As ideias de Almir não são só de curto e médio prazo. Junto com o seu povo ele montou o Plano 50 anos Suruí com estratégias e projetos em vários segmentos desde o ambiental até a valorização cultural.
Almir pertence a um povo que quase chegou a extinção depois do contato com os não-índios no final da década de 60. Dos cerca de 5 mil índios antes do contato, os Paiter chegaram a menos de 300 integrantes. Atualmente, o povo tem aproximadamente 1,3 mil e evidenciam projetos inovadores, como o Carbono Suruí, programa de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). A iniciativa além de gerar renda aos indígenas, evita o desmatamento. (Fonte: Portal Amazônia)
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