Alunos de Medicina participam de Jornada sobre câncer ginecológico e de mama

Nos dias 02 e 03 de setembro, o Hospital São Lucas foi o anfitrião da 3ª Jornada Paranaense de Prevenção Oncológica em Ginecologia e Mastologia. O evento recebeu ginecologistas, generalistas, oncologistas, radiologistas, acadêmicos e outros profissionais da saúde interessados pelo tema. A intenção da Jornada foi capacitar profissionais da saúde para a prevenção dos cânceres de mama e do aparelho reprodutor feminino em suas diversas fases: prevenir o desenvolvimento da doença, fazer o seu diagnóstico precoce, realizar o melhor tratamento e diminuir suas sequelas.

No evento, os profissionais trouxeram dados relacionados à doença e, em um ranking, os mais frequentes em mulheres nos segmentos da Jornada são: 1º mama, 2º colo de útero, 3º ovário e 4º corpo uterino. "Precisamos alertar os médicos para que eles passem a observar os fatores de risco claramente sabidos que causam o câncer, para que a doença possa ser evitada ou descoberta no início", comentou o médico Sheldon Rodrigo Botogoski, Professor de Ginecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná (SOGIPA), organizadora do evento. Ele conclui dizendo que a Jornada "é uma confluência de informações para que os profissionais falem a mesma língua em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento'.

O oncoginecologista e mastologista, Jan Pawel Andrade Pachnicki, veio de Curitiba e, entre os assuntos que expôs à plateia, falou sobre o rastreamento do câncer de ovário. "A letalidade ainda é muito alta: mais de 50% das mulheres com câncer de ovário morrem. O diagnóstico é tardio, porque esse tipo de câncer é assintomático e tem várias formas de se apresentar", pontuou.

As mesas-redondas se organizaram com os seguintes temas: Como o estilo de vida (dieta, exercícios, bebidas alcoólicas e tabagismo) afeta o desenvolvimento de câncer na mulher; como as vacinas contra o HPV têm diminuído a incidência de câncer do colo do útero; quais foram os últimos avanços no diagnóstico por imagem do câncer de mama, incluindo o uso de mamografia e ressonância nuclear magnética; como as mulheres com câncer podem preservar sua fertilidade após o diagnóstico. "Para falar de câncer necessita-se de uma abordagem multidisciplinar. Dificilmente só um tipo de especialidade vai lidar com os vários aspectos que a paciente com câncer necessita. Por isso que é importante ter uma visão geral das diversas especialidades", explicou o médico e professor do Centro FAG, Douglas Soltau Gomes.

Foi uma experiência marcante para os futuros médicos. Acadêmicos do Centro FAG participaram do evento. "Ajuda bastante na nossa formação. Foram mostradas tecnologias, vivência clínica, que mostram que o Paraná é referência nessas especialidades", contou o acadêmico Maicon Rezende, do 8º período do curso.