Justiça no Bairro leva serviços à população carente
Acadêmicos de Direito do Centro FAG ajudaram na iniciativa
Pelo Centro Universitário FAG, em dois dias, passaram milhares de pessoas. Elas vieram com um intuito em comum: buscar Justiça, nas suas mais variadas formas. A Instituição sediou mais edição do Programa Justiça no Bairro, iniciativa do Poder Judiciário em parceria com outros órgãos públicos e entidades, que tem a intenção de atender a população vulnerável economicamente, proporcionando a conciliação à demanda reprimida na área consensual, com a presença das partes envolvidas e imediata solução para moradores de Cascavel e região.
Os atendimentos foram nas áreas de família (divórcio, alimentos, guarda e responsabilidade, reconhecimento de paternidade e de maternidade, reconhecimento e dissolução de união estável, regulamentação de visitas, casamento coletivo, entre outros); de registros públicos em ações de retificação de Registro Civil e interdição na área cível, além do exame de DNA. Além de orientações na área de saúde, emissão de carteira de identidade e serviços municipais. "A ideia surgiu em Curitiba, em 2003, para facilitar o atendimento da família vulnerável, que não tem tempo adequado para conseguir o atendimento durante a semana. O evento vem para melhorar esse acesso, e é uma felicidade imensa para todas as partes. É uma aproximação do Judiciário com o seu jurisdicionado e, principalmente, é uma verdadeira oficina de aprendizado para os alunos, que conseguem conhecer integralmente a máquina do judiciário", esclareceu a Desembargadora organizadora e idealizadora do Justiça no Bairro, Joeci Machado Camargo.
40 alunos do 7º, 8º, 9º e 10º períodos do curso de Direito do Centro FAG ajudaram nas audiências e demais ações do evento. Eles passaram por um treinamento, ministrado pela Desembargadora, para aprenderem a trabalhar com o software do Programa. "Além do conhecimento adquirido, há a função social para o aluno. A intenção é atender pessoas carentes em um mutirão com advogados, juízes, promotores, psicólogos, médicos, o que propicia uma visão bem ampla do Poder Judiciário", comentou Patrícia Schroeder, Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) do Centro FAG. "É muito bom porque tudo o que aprendemos na teoria colocamos na prática, com casos reais. Apesar de termos o NPJ, temos contato aqui com o consensual, que é uma forma mais célere de resolver conflitos. Às vezes, casos que demorariam dois, três anos, saem daqui resolvidos. São pessoas que não têm condições, então é uma forma de elas terem acesso à Justiça", assegurou Jéssica Marina Beal, acadêmica do 8º período de Direito.
Os casos iam das situações mais críticas, que precisariam ter continuidade, a histórias simples, mas com significado incrível. Uma delas veio de Ramilândia: João Severo, 72 anos, poderá ser oficialmente chamado assim. No Justiça no Bairro, ele conseguiu o primeiro documento que comprova que ele existe. Nascido na Bahia, ele nunca havia sido registrado, não tinha nenhum documento. Os vizinhos, que já o ajudavam, decidiram trazê-lo ao evento para dar a ele o maior presente: a cidadania. "Antigamente, na minha terra, ninguém se importava muito com esse negócio de registro. Dou graças a Deus, achei que ia morrer e não ia conseguir", comentou João.
CASAMENTO COLETIVO
O Programa Justiça no Bairro encerrou com o Casamento Coletivo. 298 casais se inscreveram para oficializar a união. Momento especial, de emoção. Muitos já com 10, 20 anos de relacionamento, filhos e família formada e que aproveitaram a oportunidade para realizar um sonho e regularizar a situação. "Estamos muito felizes, foi uma experiência divertida e estranha ao mesmo tempo. É estranho porque normalmente são só duas pessoas para receber a atenção e ali tinha muitos casais, dividindo isso com a gente. E foi divertido porque pudemos ver casais felizes, sem se importar com a aparência ou idade, só querendo realizar o sonho de se unir à pessoa amada. Foi legal compartilhar esse sonho individual em um casamento coletivo", expressou André Augusto Barbosa de Peder Barros, que se casou com Lahis Fabiana Zanella Barbosa de Peder.
O Ginásio de Esporte do Centro Universitário FAG ficou lotado de familiares e amigos, que assistiram ao momento importante para os casais. A cerimônia foi realizada pelo pastor Celso Dalmolin e pela Desembargadora. "É uma emoção sem igual, porque nós vivenciamos os preparativos desses noivos, aquela expectativa com o casamento. As noivas bastante agitadas, nervosas, já os noivos bem mais tranquilos, aguardando o momento do ?sim?. Esse é um momento mágico", falou a magistrada.
2025 Cascavel
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